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Mortos por passagem do furacão Michael já são 17 nos EUA

O furacão Michael virou tempestade, se afastando da costa americana no início da manhã de sábado

Tempestade: "O balanço deve aumentar entre hoje e amanhã, à medida que avançamos nos escombros" (Jonathan Bachman/Reuters)

Tempestade: "O balanço deve aumentar entre hoje e amanhã, à medida que avançamos nos escombros" (Jonathan Bachman/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de outubro de 2018 às 10h49.

O número de mortos pela passagem do furacão Michael subiu para 17 e as autoridades temem que possa ser ainda maior à medida que as equipes de busca e resgate rastreiam os escombros das cidades da Flórida que sofreram o impacto da violenta tempestade.

Michael, que atingiu a costa mexicana na quarta-feira como um furacão de categoria 5 na escala Saffir-Simpson, mais tarde se degradou em um ciclone pós-tropical e, na sexta-feira, virou tempestade, se afastando da costa americana no início da manhã de sábado.

As equipes de resgate usam cães farejadores na pequena cidade de Mexico Beach, 30 km a sudeste de Panama City, para procurar por vítimas que podem estar sob os escombros.

A descoberta, na noite de sexta-feira, do corpo de um homem idoso em Mexico Beach elevou para oito o número de mortes causadas pelo furacão na Flórida.

Michael também afetou outros estados em seu avanço ao longo da costa leste dos Estados Unidos, deixando cinco mortos na Virgínia, um na Geórgia e três na Carolina do Norte.

As autoridades temem que o número de mortes continue crescendo.

"O balanço deve aumentar entre hoje e amanhã, à medida que avançamos nos escombros", disse à CNN Brock Long, chefe da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA).

Cerca de 2.000 membros da Guarda Nacional da Flórida continuarão a trabalhar nas operações de recuperação, além da atuação de cerca de 3.000 membros da FEMA.

Segundo as autoridades, mais de um milhão de residências ficaram sem eletricidade nesta sexta-feira: 350 mil na Flórida, meio milhão na Carolina do Norte e mais de 500 mil na Virgínia.

O presidente Donald Trump disse que planeja visitar a Flórida e a Geórgia. "Vou visitar a Flórida e a Geórgia no início da próxima semana, estamos trabalhando muito em todos os estados que foram atingidos e estamos com você!", tuitou o presidente.

Devastação impensável

Os ventos de 250 quilômetros por hora arrancaram várias casas de suas fundações em Mexico Beach, que tem cerca de 1.000 habitantes, deixando placas de concreto expostas. A maioria dos acessos ficou intransitável.

O governador da Flórida, Rick Scott, chamou a situação de "devastação impensável", e disse que a prioridade era procurar sobreviventes entre as pessoas não evacuadas.

O governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, também informou que uma centena de pessoas foram resgatadas e muitas outras foram evacuadas devido às inundações no estado.

A rapidez com que a tempestade se formou e cresceu surpreendeu especialistas e pegou os moradores desprevenidos. O chefe da FEMA, Brock Long, descreveu Michael como o furacão mais intenso a atingir a área desde 1851.

No ano passado, uma catastrófica série de furacões atingiu o Atlântico Ocidental. Os mais devastadores foram Harvey no Texas, Irma no Caribe e Flórida, e Maria, que atingiu o Caribe e deixou quase 3.000 mortos no território americano de Porto Rico.

A temporada de furacões do Atlântico termina em 30 de novembro.

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