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Morte de líder taleban mergulha grupo em desordem perigosa

A morte de Hakimullah Mehsud este mês desencadeou uma luta de poder nos quadros do Taleban do Paquistão

Militantes paquistaneses do taleban: quando um conselho tribal declarou o mulá Fazlullah como novo líder, na semana passada, vários comandantes furiosos de um clã rival se revoltaram (Tariq Mahmood/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2013 às 13h30.

Islamabad - A morte de um dos mais procurados militantes do Paquistão em um ataque com um avião não tripulado norte-americano expôs antigas rivalidades dentro do grupo liderado por ele, o Taliban paquistanês, o que deixou a insurgência ainda mais imprevisível e, provavelmente, mais violenta.

A morte de Hakimullah Mehsud este mês desencadeou uma luta de poder nos quadros do Taleban do Paquistão, que poderá causar ainda mais turbulência em uma região já estremecida pela saída do Afeganistão, no ano que vem, das tropas lideradas pelos Estados Unidos.

Quando um conselho tribal declarou o mulá Fazlullah como novo líder, na semana passada, vários comandantes furiosos de um clã rival se revoltaram e abandonaram o Taleban.

"Quando anunciaram o nome de Fazlullah, eles... se levantaram para sair e disseram: "O comando do Taliban está condenado", afirmou um comandante que esteve presente ao encontro chamado de "shura", no dia 7 de novembro no Waziristão do Sul, uma região tribal paquistanesa fora do alcance da lei, na fronteira do Afeganistão.

Outros na "shura" declararam lealdade ao novo líder linha-dura e permaneceram para elaborar um plano para vingar a morte de Hakimullah, por meio de uma nova campanha de atentados e ataques a tiros.

"Este é o começo de nossa luta contra o governo do Paquistão, um fantoche americano", disse o dirigente do Taliban.


"Aqueles que forçaram a União Soviética a se retirar do Afeganistão são capazes de destroçar o Paquistão", disse ele, aludindo aos principais comandantes, cujo rito de passagem para a guerra começou com a rebelião contra as tropas soviéticas no Afeganistão, nos anos 1980.

O Taliban paquistanês sempre foi dividido, uma frágil aliança de grupos de militantes unidos somente por suas crenças na guerra dos islamistas e seu ódio ao governo e a tudo que represente o Ocidente. O grupo opera independentemente do Taliban do Afeganistão, seu aliado, que luta contra as forças lideradas elos EUA no território afegão.

Mas a morte de Hakimullah, membro da tribo dominante, a Mehsud, e a ascensão de Fazlullah, um nativo do vale do Swat e, portanto, um forasteiro aos olhos dos homens da tribo, muda o quadro no Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP), ou Taliban paquistanês.

Sob o comando de Hakimullah, o TTP estava aberto à ideia de conversações de paz com o governo paquistanês, mesmo que nenhuma conversação significativa tivesse ocorrido.

Fazlullah descarta a possibilidade de qualquer negociação e anunciou o início de uma campanha de ataques a instalações do governo e do setor de segurança no Punjab, a base política do primeiro-ministro Nawaz Sharif.

"Os Mehsuds não apenas estão descontentes com essa nomeação, mas há relatos de graves combates entre eles, que podem vir à tona em um futuro próximo", disse Saifullah Mahsud, diretor da empresa paquistanesa de consultoria Centro de Pesquisas Fata.

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Islamabad - A morte de um dos mais procurados militantes do Paquistão em um ataque com um avião não tripulado norte-americano expôs antigas rivalidades dentro do grupo liderado por ele, o Taliban paquistanês, o que deixou a insurgência ainda mais imprevisível e, provavelmente, mais violenta.

A morte de Hakimullah Mehsud este mês desencadeou uma luta de poder nos quadros do Taleban do Paquistão, que poderá causar ainda mais turbulência em uma região já estremecida pela saída do Afeganistão, no ano que vem, das tropas lideradas pelos Estados Unidos.

Quando um conselho tribal declarou o mulá Fazlullah como novo líder, na semana passada, vários comandantes furiosos de um clã rival se revoltaram e abandonaram o Taleban.

"Quando anunciaram o nome de Fazlullah, eles... se levantaram para sair e disseram: "O comando do Taliban está condenado", afirmou um comandante que esteve presente ao encontro chamado de "shura", no dia 7 de novembro no Waziristão do Sul, uma região tribal paquistanesa fora do alcance da lei, na fronteira do Afeganistão.

Outros na "shura" declararam lealdade ao novo líder linha-dura e permaneceram para elaborar um plano para vingar a morte de Hakimullah, por meio de uma nova campanha de atentados e ataques a tiros.

"Este é o começo de nossa luta contra o governo do Paquistão, um fantoche americano", disse o dirigente do Taliban.


"Aqueles que forçaram a União Soviética a se retirar do Afeganistão são capazes de destroçar o Paquistão", disse ele, aludindo aos principais comandantes, cujo rito de passagem para a guerra começou com a rebelião contra as tropas soviéticas no Afeganistão, nos anos 1980.

O Taliban paquistanês sempre foi dividido, uma frágil aliança de grupos de militantes unidos somente por suas crenças na guerra dos islamistas e seu ódio ao governo e a tudo que represente o Ocidente. O grupo opera independentemente do Taliban do Afeganistão, seu aliado, que luta contra as forças lideradas elos EUA no território afegão.

Mas a morte de Hakimullah, membro da tribo dominante, a Mehsud, e a ascensão de Fazlullah, um nativo do vale do Swat e, portanto, um forasteiro aos olhos dos homens da tribo, muda o quadro no Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP), ou Taliban paquistanês.

Sob o comando de Hakimullah, o TTP estava aberto à ideia de conversações de paz com o governo paquistanês, mesmo que nenhuma conversação significativa tivesse ocorrido.

Fazlullah descarta a possibilidade de qualquer negociação e anunciou o início de uma campanha de ataques a instalações do governo e do setor de segurança no Punjab, a base política do primeiro-ministro Nawaz Sharif.

"Os Mehsuds não apenas estão descontentes com essa nomeação, mas há relatos de graves combates entre eles, que podem vir à tona em um futuro próximo", disse Saifullah Mahsud, diretor da empresa paquistanesa de consultoria Centro de Pesquisas Fata.

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