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Morre o ex-presidente uruguaio Jorge Batlle

O ex-presidente, que na terça-feira faria 89 anos, foi hospitalizado em estado crítico no dia 13 de outubro

Jorge Batlle: durante seu mandato, Batlle enfrentou a pior crise financeira da história recente do Uruguai (Andres Stapff/File Photo)

Jorge Batlle: durante seu mandato, Batlle enfrentou a pior crise financeira da história recente do Uruguai (Andres Stapff/File Photo)

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AFP

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 08h56.

O ex-presidente do Uruguai Jorge Batlle (2000-2005) morreu nesta segunda-feira, aos 88 anos, após dez dias internado devido a uma queda que provocou um dano cerebral severo, informou a clínica onde ele estava internado.

"Lamentavelmente, o esforço realizado por toda a equipe de saúde não foi o suficiente para reverter o quadro clínico com o qual ingressou o Dr. Batlle após o acidente que sofreu há alguns dias", assinalou a clínica.

O ex-presidente, que na terça-feira faria 89 anos, foi hospitalizado em estado crítico no dia 13 de outubro com "traumatismo no crânio por queda" que lhe provocou um coágulo intracraniano...".

Durante seu mandato, Batlle enfrentou a pior crise financeira da história recente do Uruguai, com uma forte corrida bancária e a disparada do dólar, no rastro da crise econômica argentina de 2001.

Herdeiro de uma dinastia política que marcou a história do Uruguai, Jorge Batlle era filho de Luis Batlle Berres, que exerceu a presidência entre 1947 e 1951.

Nascido em 25 de outubro de 1927, Batlle - advogado de profissão - chegou à presidência em março de 2000, na sua quinta tentativa como candidato do tradicional Partido Colorado, com um discurso liberal.

Após se comprometer com uma mudança na política em matéria de direitos humanos, Batlle criou a Comissão para a Paz, que constituiu a primeira tentativa de recompilar informação sobre os casos de presos desaparecidos durante a ditadura.

A crise econômica marcou seu governo, o último de um partido tradicional de centro direita no Uruguai, e Batlle deixou o cargo com apenas 5% de aprovação, em março de 2005, quando entregou a presidência ao primeiro governo de esquerda, liderado por Tabaré Vázquez, exatamente o atual presidente.

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