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Moro no Peru; Tesla despenca…

Moro no Peru Em visita a Lima para participar de um seminário sobre corrupção, o juiz federal Sérgio Moro disse que o Brasil “tem que cooperar” com outros países nas investigações da Lava-Jato e que “nós não sabemos ainda” os reflexos da atuação da empreiteira Odebrecht em outros países da América Latina. Em mais um desdobramento internacional […]

SERGIO MORO: juiz falou sobre a Lava-Jato num seminário em Lima / Nelson Almeida / Getty Images (Nelson Almeida/Getty Images)

SERGIO MORO: juiz falou sobre a Lava-Jato num seminário em Lima / Nelson Almeida / Getty Images (Nelson Almeida/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 18h39.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h37.

Moro no Peru

Em visita a Lima para participar de um seminário sobre corrupção, o juiz federal Sérgio Moro disse que o Brasil “tem que cooperar” com outros países nas investigações da Lava-Jato e que “nós não sabemos ainda” os reflexos da atuação da empreiteira Odebrecht em outros países da América Latina. Em mais um desdobramento internacional do caso, o ex-diretor da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, disse ter entregado 3 milhões de dólares à campanha do ex-presidente Ollanta Humala, em 2011. Segundo o jornal peruano El Comercio — que diz ter tido acesso a documentos da delação premiada do executivo com a Justiça peruana —, o pagamento teria sido feito a pedido do PT. No Peru, outro ex-presidente, Alejandro Toledo, já foi apontado como receptor de 20 milhões de dólares em propinas da Odebrecht. Sua prisão foi decretada pela Justiça do país, mas Toledo encontra-se foragido.

Americanos no México

Em visita ao México, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, e o secretário de Segurança Doméstica, John Kelly, asseguraram que não haverá “deportação em massa” nem uso de “forças militares” contra imigrantes. O principal tema do encontro foi o anúncio, feito na terça-feira, de que os Estados Unidos vão deportar todos os imigrantes ilegais que encontrarem — não somente os que estiverem próximos à fronteira ou no país há pouco tempo, como acontecia antes. O chanceler mexicano, Luis Videgaray, disse que medidas que afetem os dois países devem ser “decididas por ambos”.

União da esquerda

O ecologista Yannick Jadot anunciou sua desistência da candidatura à Presidência da França para apoiar Benoît Hamon, do Partido Socialista — a mesma legenda do atual presidente, François Hollande. O acordo une os dois principais representantes da esquerda, mas não deve ser suficiente para fazer Hamon chegar ao segundo turno: uma pesquisa do Ifop-Fiducial divulgada nesta quinta-feira mostra o socialista com 13,5% dos votos e Jadot com 2%. Nesse cenário, a disputa ficaria entre a ultraconservadora Marine Le Pen (26,5% dos votos) e o centrista Emmanuel Macron ou o conservador François Fillon (empatados com cerca de 20%). A pesquisa mostra Le Pen perdendo para ambos no segundo turno.

Ex-FMI preso

O ex-presidente do Fundo Monetário Internacional, o espanhol Rodrigo Rato, foi condenado a quatro anos e meio de prisão por uso irregular de 12 milhões de euros em crédito corporativo entre 2003 e 2012, quando chefiava dois bancos espanhóis. Embora o valor seja pequeno, o esquema é uma mostra da corrupção interna que levou os bancos de Rato a problemas financeiros. O executivo era filiado ao Partido Popular (PP), do premiê espanhol, Mariano Rajoy, e causou mais um constrangimento para o PP, cujos parlamentares são acusados de participar de um esquema de propinas e fraude em licitações — três empresários ligados ao esquema foram presos no mês passado.

Síria: finalmente juntos

Principal aliada do presidente sírio, Bashar al-Assad, a Rússia vem pressionando para que potências ocidentais paguem pela reconstrução da Síria e disse que “nada” deve ser esperado do governo russo. “Eles entram, eles destroem tudo e querem que todo mundo pague”, rebateu um diplomata europeu. Também nesta quinta-feira rebeldes sírios e representantes do governo Assad se reuniram pela primeira vez em três anos. Até então, as partes não haviam aceitado ficar na mesma sala. A ONU defende uma reforma constitucional no país após o fim da guerra.

Alemanha: a economia que mais cresceu

A Alemanha passou o Reino Unido no ranking de economias do G7 que mais cresceram em 2017. O PIB alemão subiu 1,9% no ano passado, maior taxa de expansão dos últimos cinco anos. Enquanto isso, o Reino Unido cresceu 1,8%. De qualquer forma, analistas afirmam que ambas as economias vão bem, apresentando crescimento estável, boa demanda interna e gastos públicos. O terceiro lugar ficou com os Estados Unidos (alta de 1,6% no PIB); e o quarto, com o Japão (1,4%).

Tesla na berlinda

As ações da montadora de carros elétricos Tesla caíram 6% nesta quinta-feira devido à preocupação dos investidores com os gastos excessivos da companhia. Na apresentação de seus resultados trimestrais, na quarta-feira, a empresa disse que deve gastar 2,5 bilhões de dólares adicionais antes de conseguir massificar a produção de seu Model 3, que espera ser o primeiro carro elétrico popular. O balanço foi o primeiro desde a compra da empresa de painéis solares SolarCity — que também pertence a Elon Musk, dono da Tesla. O banco Morgan Stanley estima que, de 2014 à primeira metade de 2017, a Tesla terá investido 10 bilhões de dólares.

Frustrados com o Uber

Numa carta aberta à diretoria do Uber, os investidores Mitch e Freada Kapor se disseram “desapontados” e “frustrados” com as denúncias de abuso sexual dentro da empresa e pediram que os casos sejam investigados. Ex-engenheiras disseram terem sido assediadas e levaram o presidente do Uber, Travis Kalanick, a pedir desculpas públicas neste mês. Investidores do Uber desde a fundação da companhia, os Kapor são ativistas do aumento da diversidade nas empresas do Vale do Silício e dizem que os casos de assédio podem atrapalhar a reputação da empresa.

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