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Morales revela que em 2007 teve um filho que morreu

O presidente da Bolívia revelou que teve um filho que morreu pouco depois em 2007


	O presidente boliviano Evo Morales: "em 2007 tivemos um bebê e infelizmente, nosso azar, morreu"
 (Eitan Abramovich/AFP)

O presidente boliviano Evo Morales: "em 2007 tivemos um bebê e infelizmente, nosso azar, morreu" (Eitan Abramovich/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2016 às 17h29.

La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales, revelou nesta sexta-feira que em 2007 teve um filho que morreu pouco depois, e negou que a mãe dessa criança, Gabriela Zapata, tenha sido beneficiada por tráfico de influência, como denunciou a oposição.

"Conheci Gabriela Zapata Montaño em 2005. É a verdade que era minha parceira. Em 2007 tivemos um bebê e infelizmente, nosso azar, morreu, tivemos alguns problemas e a partir desse momento nos distanciamos", declarou Morales em entrevista coletiva.

O líder disse que não compreende como, passados dez anos, "algumas pessoas usem isso com fins claramente políticos".

"Não sei se terão moral, não sei se está baseado na legalidade usar crianças que não existem", criticou o governante.

Morales respondeu assim a uma denúncia do jornalista Carlos Valverde sobre a suposta existência de "tráfico de influência" a favor da empresa CAMC Engineering, da qual Gabriela Zapata é gerente comercial e que venceu vários contratos com o Estado.

Segundo a imprensa boliviana, Zapata tem 28 anos, é advogada, formada em Ciências Políticas e empresária, e nas redes sociais publicou recentemente comentários em que manifesta sua admiração pelo líder.

CAMC Engineering assinou contratos para sete projetos na Bolívia que somam US$ 566 milhões, entre eles a construção de obras de engenharia, importação de perfuradoras e produção de salgues de potássio.

Morales insistiu nesta sexta-feira que não tinha contato com Zapata desde 2007 e assegurou que hoje que soube que está casada e que trabalha para essa companhia chinesa.

Como prova da não existência de tráfico de influência, Morales informou que o Estado rescindiu um dos sete contratos com a companhia CAMCE e executou suas garantias bancárias porque a empresa não cumpriu os prazos para construir uma ferrovia.

Ele atribuiu a acusação a uma "guerra suja" dentro da campanha que domina a Bolívia, do referendo do próximo dia 21 de fevereiro, quando os bolivianos votarão se autorizam ou não uma reforma constitucional que permitiria a Morales ser candidato novamente em 2019.

Para o presidente, as acusações contra ele provêm "da direita, que usa temas pessoais para os ataques porque a oposição não tem uma proposta de governo".

Morales, de 56 anos, é solteiro, mas tem um filho e uma filha (Eva Liz e Álvaro) de mães diferentes.

Várias vezes ele disse estar "casado com a Bolívia", e reiterou hoje que desistiu de se casar porque seu trabalho como sindicalista e político representa um risco para sua família. 

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