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Morales descarta congelamento bancário na Bolívia

Bancos foram tomados por grandes filas na quarta-feira (29/12), em meio à disparada de preços causada pelo reajuste de 83% na gasolina

"Quando houve um 'corralito bancário'?", perguntou Evo Morales, presidente boliviano (Peter Macdiarmid/Getty Images)

"Quando houve um 'corralito bancário'?", perguntou Evo Morales, presidente boliviano (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2010 às 09h19.

La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales, descartou nesta quarta-feira a decretação de um congelamento bancário no país, após uma corrida aos bancos para a retirada de dinheiro.

"Não vai haver qualquer 'corralito bancário'", afirmou Morales em mensagem à Nação, ao anunciar um pacote de medidas para paliar a crise provocada pelo reajuste dos combustíveis.

Os bancos privados bolivianos foram tomados por grandes filas nesta quarta-feira, em meio à disparada dos preços provocada pelo reajuste de 83% na gasolina.

"Quando houve um 'corralito bancário'"? - perguntou Morales, antes de destacar que ao assumir a presidência "os depósitos somavam apenas 3 bilhões de dólares, e agora temos 8,5 bilhões".

Na mesma mensagem à Nação, Morales anunciou um reajuste de 20% sobre o salário mínimo e a remuneração de policiais, militares, professores e pessoal da Saúde, para compensar o reajuste dos combustíveis.

Segundo Morales, a inflação anual é de 7 a 8%, e poderá subir "algo mais" com o reajuste dos combustíveis, mas a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficará abaixo do aumento salarial concedido hoje.

No domingo passado, a Bolívia anunciou um severo reajuste nos preços da gasolina (83%) e do diesel (73%), com o fim dos subsídios aos combustíveis.

Segundo o governo, os subsídios levavam ao contrabando dos combustíveis para os vizinhos Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Peru, tirando milhões de dólares da Bolívia.

O reajuste dos combustíveis elevou imediatamente os preços de transportes e alimentos no país.

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