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Moçambique divulga pacote de medidas para reduzir impactos do ciclone Idai

Entre outras medidas, o governo irá realizar uma campanha de vacinação contra o cólera, que já regista mais de 130 casos em Beira

O ciclone Idai deixou 468 mortos e mais de 1,5 mil feridos em Moçambique (Mike Hutchings/Reuters)

O ciclone Idai deixou 468 mortos e mais de 1,5 mil feridos em Moçambique (Mike Hutchings/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de março de 2019 às 10h12.

Última atualização em 29 de março de 2019 às 10h22.

Um pacote de medidas será implementado em Moçambique para reduzir os impactos sociais, materiais e econômicos decorrentes da passagem do Ciclone Idai. A tempestade deixou 468 mortos e mais de 1,5 mil feridos no país.

Entre as ações estão redução de taxas em eletricidade e transportes e assistência médica gratuita, além de uma campanha de vacinação contra o cólera - que já regista mais de 130 casos na cidade da Beira. As medidas serão implantadas até o fim do ano.

"Conscientes dos danos humanos, materiais e financeiros causados por este desastre natural, o meu governo, no quadro da lei de calamidades naturais, aprovou um pacote de medidas iniciais que irão mitigar impactos nos setores sociais e econômicos nas áreas afetadas", disse, nessa quinta-feira (28), o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi.

Em relação à eletricidade, o valor da fatura da indústria e comércio será reduzido para a metade. Nos transportes ferroviários, o governo moçambicano também vai reduzir em 50% as tarifas para os passageiros nas linhas de Sena e Machipanda, que atravessam a região centro, bem como no transporte de materiais de construção.

Para os alunos afetados, o governo decidiu redistribuir livros e cadernos escolares. E os agricultores vão beneficiar de uma distribuição gratuita de mil toneladas de sementes, além de 100 mil utensílios agrícolas.

Ajuda internacional

Com o término das operações de salvamento, a fase que se segue é a de assistência humanitária às famílias afetadas, com destaque para a prestação de cuidados de saúde, alimentação, abrigo e saneamento.

De acordo com Filipe Nyusi, as instituições nacionais e internacionais vão trabalhar "para otimizar os recursos disponíveis de forma transparente para que cheguem aos que realmente necessitam". O chefe de Estado também afirmou que o governo moçambicano vai trabalhar com uma agência internacional para a gestão dos recursos destinados às vítimas do ciclone.

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