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Ministros da França aprovam reforma de aposentadorias

Paris - O Conselho de Ministros da França aprovou nesta terça-feira a polêmica reforma do sistema de aposentadorias, um dia depois de o presidente Nicolas Sarkozy ter reiterado a sua confiança no ministro encarregado do assunto, afetado por um escândalo ligado à herdeira da empresa de cosméticos L'Oreal. "É um grande dia. Lembrarão deste Conselho […]

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2010 às 10h54.

Paris - O Conselho de Ministros da França aprovou nesta terça-feira a polêmica reforma do sistema de aposentadorias, um dia depois de o presidente Nicolas Sarkozy ter reiterado a sua confiança no ministro encarregado do assunto, afetado por um escândalo ligado à herdeira da empresa de cosméticos L'Oreal.

"É um grande dia. Lembrarão deste Conselho de ministros", afirmou Sarkozy, que presidiu a reunião de gabinete que aprovou o projeto apresentado por seu questionado ministro Eric Woerth, indicaram vários assessores.

A reforma, que prevê o aumento de 60 para 62 anos da idade mínima para se obter a aposentadoria, e de 65 para 67 anos a idade para uma aposentadoria completa, acabará com a aposentadoria aos 60 anos, estabelecida na França em 1983 pelo presidente socialista François Mitterrand e reivindicada pelos sindicatos como uma "conquista social" intocável.

Considerada a iniciativa mais emblemática do mandato de Sarkozy, o novo regime de aposentadoria, que estará plenamente instituído em 2018, foi promovido pelo governo para salvar um sistema ameaçado pelo aumento da expectativa de vida e pelas consequências da crise econômica.

Sua apresentação ficou a cargo do ministro do Trabalho, Eric Woerth, envolvido em um escândalo político-fiscal que o ligou a uma suposta fraude fiscal e ao financiamento ilegal da campanha presidencial de Sarkozy.

O projeto de lei será submetido ao debate das câmaras de deputados e senadores a partir de 7 de setembro.

"No final de outubro este texto será votado", assegurou na segunda-feira o presidente francês em declarações à televisão.

Woerth anunciou nesta terça-feira que renunciará ao cargo de tesoureiro da União para um Movimento Popular (UMP), que ocupava há oito anos, como "aconselhou" Sarkozy, diante das críticas da oposição que o acusou de "conflito de interesses".

"Eric Woerth será o ministro que defenderá esta reforma segundo o calendário previsto", garantiu o presidente francês na segunda-feira.

Sarkozy descartou qualquer modificação do aumento da idade mínima prevista no projeto de lei.

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