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Ministro de Israel não confia nos EUA em relação ao Irã

Governo israelense opõe-se à iniciativa diplomática para esclarecer desconfiança de algumas potências ocidentais sobre objetivos do programa nuclear iraniano


	Usina nuclear de Bushehr: Teerã assegura que suas usinas nucleares têm fins estritamente pacíficos e nega ter planos de desenvolver a bomba atômica
 (Mehr News Agency/Majid Asgaripour/Reuters)

Usina nuclear de Bushehr: Teerã assegura que suas usinas nucleares têm fins estritamente pacíficos e nega ter planos de desenvolver a bomba atômica (Mehr News Agency/Majid Asgaripour/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 16h38.

Jerusalém - Israel não pode depender dos Estados Unidos para uma eventual ação militar contra o programa nuclear do Irã e deve confiar somente em si mesmo, declarou o ministro israelense da Defesa, Moshe Yaalon.

"Nós pensávamos que quem precisaria liderar a campanha contra o Irã eram os Estados Unidos", declarou Yaalon. Segundo ele, porém, os EUA começaram a negociar e o Irã teria ficado em vantagem.

"Se quiséssemos que outros fizessem o trabalho para nós, isso iria demorar. Portanto, temos de agir como se pudéssemos confiar apenas em nós mesmos", prosseguiu.

Os comentários de Yaalon foram feitos ontem durante uma palestra na Universidade de Tel-Aviv e publicados na edição desta terça-feira do jornal Haaretz.

O gabinete do ministro confirmou as declarações. A assessoria de imprensa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não se pronunciou sobre os comentários.

Hoje, o Irã e o grupo de seis potências formado por Alemanha, China, EUA, França, Reino Unido e Rússia retomaram em Viena as negociações sobre o programa nuclear da república islâmica.

O governo israelense opõe-se à iniciativa diplomática para esclarecer a desconfiança de algumas potências ocidentais em relação aos objetivos do programa nuclear iraniano.

Teerã assegura que suas usinas nucleares têm fins estritamente pacíficos e nega ter planos de desenvolver a bomba atômica.

Ainda na avaliação de Yaalon, "a fraqueza não compensa" e "ninguém pode substituir os Estados Unidos como polícia do mundo". Fonte: Associated Press.

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