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Ministro britânico rejeita um segundo referendo sobre o "Brexit"

Ministro de Relações Exteriores do país, Boris Johnson, negou que os britânicos estivessem "implorando" por outra consulta

Boris Johnson: "não estou convencido que os cidadãos estejam implorando por outro referendo sobre o 'Brexit'" (Darrin Zammit Lupi/Reuters)
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EFE

Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 09h10.

Londres - O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, garantiu que "não deveria haver um segundo referendo" sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), em uma entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal "The Guardian ".

Johnson, que está no Canadá para participar de uma reunião internacional sobre a ameaça nuclear norte-coreana, negou que os britânicos estivessem "implorando" por outra consulta, após a que foi realizada em 23 de junho de 2016, mas acredita que, se ela ocorresse, o resultado seria inclusive mais favorável ao " Brexit ".

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Sobre a possibilidade de organizar um segundo referendo ao término das negociações com Bruxelas, uma proposta ventilada nos últimos dias pelo ex-líder do eurocético Partido da Independência do Reino Unido (UKIP, na sigla em inglês), Nigel Farage, o ministro acredita que não seria uma boa ideia.

"Acabamos de ter um, e acredito que foi muito bem, mas foi algo que causou muita dor e introspecção", afirmou Johnson, que, junto com Farage, defendeu o "Brexit" no referendo de 2016.

"Não estou convencido que os cidadãos estejam implorando por outro referendo sobre o 'Brexit'", frisou Johnson.

O ministro britânico também comentou que não acredita que a decisão de deixar o bloco europeu possa ser revertida, pois, segundo ele, "algo muito profundo" aconteceu no país.

"Creio que, se houvesse outro referendo - e opino que não deveria haver -, o resultado seria mais ou menos o mesmo, ou um resultado mais voltado para a saída ", declarou o ministro ao "Guardian".

Farage disse na semana passada que poderia ser necessário realizar um segundo referendo sobre o "Brexit" com o objetivo de ratificar a decisão e aplacar os defensores da permanência na UE, mas esta possibilidade foi rejeitada pelo governo conservador e pelo opositor Partido Trabalhista.

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