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Estados europeus deveriam dar mais poder à UE, diz ministro alemão:

Para Wolfgang Schaeuble, isso ajudaria a encontrar uma saída para a crise de dívida

Depoimento está no jornal francês Le Monde (Ralph Orlowski/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2011 às 14h49.

Berlim - Os Estados da zona do euro deveriam passar algumas de suas responsabilidades de definir o orçamento e a política fiscal às instituições europeias, a fim de encontrarem uma saída para a crise de dívida, disse neste sábado o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, segundo o jornal francês Le Monde.

Schaeuble também disse à revista semanal alemã Focus que a Itália será capaz de superar seus problemas, oriundos de uma crise de confiança nos mercados.

"Os dados econômicos atuais não são tão ruins. Os problemas precisam apenas ser resolvidos... Esses também podem ser resolvidos pela própria Itália. O que Roma precisa superar não é nada comparado à montanha que a Grécia precisa escalar", afirmou ele em entrevista publicada neste sábado pela revista.

Embora a Europa tenha agora um crescimento mais restrito e um pacto de estabilidade que permita a chance de intervir bem antes, os países também têm de fazer mais a um nível europeu, disse Schaeuble.

"A pressão da crise está permitindo que as coisas aconteçam de um jeito que de outra forma não seria possível... quanto maior a crise, maior será a necessidade de mudança."

"A sensação de que isso vai nos fazer avançar muito mais me ajuda a passar por esse período frustrante."

Para melhor garantir que os membros da zona do euro cumpram suas obrigações, os atuais tratados da União Europeia deveriam ser modificados para dar às autoridades da Comissão Europeia o mesmo tipo de poder para questões orçamentárias que elas já têm no que tange a questões de competitividade, disse Schaeuble em uma outra entrevista, ao Le Monde.

"Por que os membros da comissão a cargo de colocar acordos em prática não têm os mesmos direitos que a autoridade de competitividade?", questionou ele ao jornal francês. "Por que existe o direito de levar violações das leis europeias para a Corte de Justiça da União Europeia, mas não as violações ao Pacto de Estabilidade?"

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Berlim - Os Estados da zona do euro deveriam passar algumas de suas responsabilidades de definir o orçamento e a política fiscal às instituições europeias, a fim de encontrarem uma saída para a crise de dívida, disse neste sábado o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, segundo o jornal francês Le Monde.

Schaeuble também disse à revista semanal alemã Focus que a Itália será capaz de superar seus problemas, oriundos de uma crise de confiança nos mercados.

"Os dados econômicos atuais não são tão ruins. Os problemas precisam apenas ser resolvidos... Esses também podem ser resolvidos pela própria Itália. O que Roma precisa superar não é nada comparado à montanha que a Grécia precisa escalar", afirmou ele em entrevista publicada neste sábado pela revista.

Embora a Europa tenha agora um crescimento mais restrito e um pacto de estabilidade que permita a chance de intervir bem antes, os países também têm de fazer mais a um nível europeu, disse Schaeuble.

"A pressão da crise está permitindo que as coisas aconteçam de um jeito que de outra forma não seria possível... quanto maior a crise, maior será a necessidade de mudança."

"A sensação de que isso vai nos fazer avançar muito mais me ajuda a passar por esse período frustrante."

Para melhor garantir que os membros da zona do euro cumpram suas obrigações, os atuais tratados da União Europeia deveriam ser modificados para dar às autoridades da Comissão Europeia o mesmo tipo de poder para questões orçamentárias que elas já têm no que tange a questões de competitividade, disse Schaeuble em uma outra entrevista, ao Le Monde.

"Por que os membros da comissão a cargo de colocar acordos em prática não têm os mesmos direitos que a autoridade de competitividade?", questionou ele ao jornal francês. "Por que existe o direito de levar violações das leis europeias para a Corte de Justiça da União Europeia, mas não as violações ao Pacto de Estabilidade?"

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