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Militares dos EUA teriam distorcido informações sobre EI

Pentágono investiga evidências de analista de que comando militar americano no Oriente Médio modificava as conclusões sobre a luta contra o EI


	O prédio do Pentágono: agências de informação americanas descobriram recentemente que os ataques do exército não enfraqueceram muito o EI
 (Staff/AFP)

O prédio do Pentágono: agências de informação americanas descobriram recentemente que os ataques do exército não enfraqueceram muito o EI (Staff/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2015 às 11h47.

O Pentágono investiga se autoridades militares americanas deram um tom mais otimista a relatórios sobre a guerra contra o Estado Islâmico (EI) no Iraque, informou nesta quarta-feira o jornal The New York Times, citando fontes próximas ao caso.

O inspetor-geral do Pentágono iniciou uma investigação depois que um analista civil da agência militar de informação (DIA) afirmou que tinha evidências de que autoridades do Centcom, o comando militar americano no Oriente Médio, modificavam as conclusões preparadas para o presidente Barack Obama e outras autoridades políticas sobre a luta contra o EI.

As fontes anônimas citadas pelo jornal não informam quando estas modificações foram realizadas nem quem as fez.

Uma diretriz do escritório do diretor de informação (DNI), que coordena as 17 agências americanas de informação, estipula que as análises "não devem ser distorcidas" em favor de um público ou política particular.

Desde o início dos bombardeios americanos contra o grupo EI no Iraque e depois na Síria, há um ano, as forças de segurança iraquianas recuperaram alguns dos territórios conquistados pelos jihadistas, mas nenhuma das grandes cidades que controlam, como Mossul ou Ramadi.

Mas as agências de informação americanas descobriram recentemente que os ataques não enfraqueceram muito o EI, cuja influência se estendeu ao norte da África e à Ásia Central, segundo o Times.

No mês passado o enviado especial de Obama, o general da reserva John Allen, disse que o EI está perdendo.

Mas o secretário de Defesa, Ashton Carter, reconheceu na semana passada que a guerra é difícil e que levará tempo.

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