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Militares chilenos são condenados pelo assassinato do cantor Victor Jara

Oito militares foram condenados a 15 anos e um dia de prisão, 45 anos depois do assassinato cantor Victor Jara

Jara era um cantor conhecido que simpatizava com o governo socialista de Salvador Allende, que foi deposto no golpe de 1973 (Oswaldo Rivas/Reuters)
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Reuters

Publicado em 4 de julho de 2018 às 14h14.

Última atualização em 4 de julho de 2018 às 14h14.

Oito militares chilenos da reserva foram sentenciados a 15 anos de prisão pelo assassinato do popular cantor Victor Jara durante o golpe de 1973 que colocou o falecido ditador Augusto Pinochet no poder.

Um juiz apresentou as sentenças após um longo inquérito sobre a morte de Jara há 45 anos, no dia 16 de setembro, informou a autoridade judiciária do Chile em comunicado.

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Miguel Vázquez sentenciou os oito homens a 15 anos e um dia de prisão pelo assassinato de Jara e do ex-diretor prisional Littre Quiroga Carvajal.

Um nono suspeito foi sentenciado a cinco anos por seu papel no acobertamento dos assassinatos.

Jara, na época com 40 anos, era um conhecido cantor, diretor teatral e professor universitário que simpatizava com o governo socialista de Salvador Allende, que foi deposto no golpe de 1973.

O trabalho de Jara e a natureza da sua morte inspiraram tributos de artistas incluindo Bruce Springsteen, The Clash e U2.

Ele foi detido junto a alunos, colegas acadêmicos e diversos outros simpatizantes da esquerda em um estádio de futebol no Chile, que desde então foi renomeado em sua homenagem.

De acordo com detidos no estádio que sobreviveram, as mãos de Jara foram esmagadas com o cano de uma arma e ele foi duramente espancado durante seu encarceramento. Quando seu corpo foi descoberto três dias após seu desaparecimento, próximo a um cemitério, ele possuía 44 buracos de tiros.

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