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Milícia xiita pendura corpos de sunitas em praça no Iraque

Com acirramento das tensões, Iraque se aproxima cada vez mais de uma guerra civil sectária


	Soldado leal do exército do líder xiita Moqtada al-Sadr desfila em Najaf, Iraque
 (REUTERS/Alaa Al-Marjani)

Soldado leal do exército do líder xiita Moqtada al-Sadr desfila em Najaf, Iraque (REUTERS/Alaa Al-Marjani)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 17h55.

Bagdá - Militantes iraquianos xiitas executaram 15 muçulmanos sunitas e depois penduraram os corpos em postes de eletricidade em uma praça pública na cidade de Baquba, a nordeste de Bagdá, nesta quarta-feira, disse a polícia.

Com o Iraque se aproximando cada vez mais de uma guerra civil sectária, um carro-bomba explodiu perto de restaurantes e lojas no bairro xiita de Sadr City, em Bagdá, matando 16 pessoas, enquanto outro carro-bomba matou cinco no distrito de Ameen, também na capital, segundo a polícia.

Um policial no local do crime em Baquba, uma cidade habitada por sunitas e xiitas a 65 quilômetros de Bagdá, disse acreditar que a exibição horrível dos corpos foi projetada para avisar sunitas a não apoiar o Estado Islâmico, um ramo da Al Qaeda que tomou porções de terra em um avanço pelo norte do Iraque.

As vítimas, que haviam sido sequestradas durante a última semana, foram baleadas na cabeça e no peito e, em seguida, penduradas por cabos. "As milícias estão impedindo a equipe médica de retirar os corpos", disse o policial.

"Elas estão seguindo uma nova tática de manter corpos pendurados por um longo tempo para convencer a população sunita a não apoiar o Estado Islâmico. Pedimos a elas que nos deixem retirar os corpos, mas recusaram."

O primeiro-ministro iraquiano, o xiita Nuri al-Maliki, está no poder em caráter interino, depois de ter vencido uma eleição parlamentar em abril, mas não conseguiu ganhar apoio suficiente das minorias sunita e curda, bem como de companheiros xiitas para formar um novo governo.

Maliki prometeu em seu discurso semanal à nação nesta quarta-feira acabar com a ameaça do Estado Islâmico.

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