Milhares de argentinos protestam contra governo
A presidente do país, Cristina Kirchner é acusada pelos manifestantes de levar adiante uma gestão autoritária e corrupta
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2013 às 22h22.
Buenos Aires - Dezenas de milhares de argentinos e opositores saíram nesta quinta-feira às ruas das principais cidades do país para protestar contra a presidente argentina, Cristina Kirchner, a quem acusam de levar adiante uma gestão autoritária e corrupta.
O protesto foi convocado por meio das redes sociais, assim como foi feito em duas outras vezes no ano passado, com apoio da oposição, meses antes da realização de eleições legislativas, nas quais o governo peronista tentará conservar sua maioria parlamentar.
"Estou cansado das mentiras e da prepotência. Cansado de que roubem tudo. O protesto é massivo", disse à Reuters Gabriel Segura, de 28 anos.
A elevada inflação no país, que, segundo especialistas, é o dobro dos números oficiais, várias denúncias de corrupção e um recente projeto de lei para modificar a estrutura do Poder Judiciário eram as principais queixas dos manifestantes.
Uma imensa bandeira da Argentina cruzou o centro de Buenos Aires, enquanto as pessoas cantavam contra o governo com o ruído das batidas de panelas ao fundo.
Os manifestantes se concentraram em frente à Casa de Governo, ao Obelisco -símbolo de Buenos Aires- e à residência presidencial de Olivos, no subúrbio da capital.
Além disso, houve marchas massivas em cidades de todo o país, como Mar del Plata, Rosario e Tucumán, no momento em que a presidente está fora do país, no Peru, para uma reunião de chefes de Estado da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
A mandatária, que viajará em seguida à Venezuela para participar na sexta-feira da posse do presidente eleito Nicolás Maduro, fez declarações por meio da rede social Twitter, mas sem se referir às manifestações.
"Temos que nos rebelar pacificamente. Cada vez mais gente comprova que esses políticos (governistas) mentem para nós", afirmou Rogelio Troche, empregado de 56 anos, em Buenos Aires.
Em meio à multidão, que tinha cartazes que diziam "Basta" e vários tipos de exigências, a TV local mostrou diversos membros da oposição política e sindical.
"Alguém tem que responder pelos níveis sem precedentes de corrupção que estamos vendo. Gostaria que meus companheiros da Frente para a Vitória (governista) viessem à rua e escutassem as pessoas", afirmou ao canal C5N Sergio Bergman, do partido opositor PRO.
Depois de ser reeleita em 2011 com 54 % dos votos, a aprovação da gestão de Cristina caiu de forma sustentada durante o ano passado.
O estilo de confronto da presidente, que chegou ao governo em 2007 sucedendo seu marido Néstor Kirchner, que morreu em 2010, provocou disputas com diversos grupos e corporações nos últimos anos e também costuma causar mal-estar entre seus opositores.
Buenos Aires - Dezenas de milhares de argentinos e opositores saíram nesta quinta-feira às ruas das principais cidades do país para protestar contra a presidente argentina, Cristina Kirchner, a quem acusam de levar adiante uma gestão autoritária e corrupta.
O protesto foi convocado por meio das redes sociais, assim como foi feito em duas outras vezes no ano passado, com apoio da oposição, meses antes da realização de eleições legislativas, nas quais o governo peronista tentará conservar sua maioria parlamentar.
"Estou cansado das mentiras e da prepotência. Cansado de que roubem tudo. O protesto é massivo", disse à Reuters Gabriel Segura, de 28 anos.
A elevada inflação no país, que, segundo especialistas, é o dobro dos números oficiais, várias denúncias de corrupção e um recente projeto de lei para modificar a estrutura do Poder Judiciário eram as principais queixas dos manifestantes.
Uma imensa bandeira da Argentina cruzou o centro de Buenos Aires, enquanto as pessoas cantavam contra o governo com o ruído das batidas de panelas ao fundo.
Os manifestantes se concentraram em frente à Casa de Governo, ao Obelisco -símbolo de Buenos Aires- e à residência presidencial de Olivos, no subúrbio da capital.
Além disso, houve marchas massivas em cidades de todo o país, como Mar del Plata, Rosario e Tucumán, no momento em que a presidente está fora do país, no Peru, para uma reunião de chefes de Estado da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
A mandatária, que viajará em seguida à Venezuela para participar na sexta-feira da posse do presidente eleito Nicolás Maduro, fez declarações por meio da rede social Twitter, mas sem se referir às manifestações.
"Temos que nos rebelar pacificamente. Cada vez mais gente comprova que esses políticos (governistas) mentem para nós", afirmou Rogelio Troche, empregado de 56 anos, em Buenos Aires.
Em meio à multidão, que tinha cartazes que diziam "Basta" e vários tipos de exigências, a TV local mostrou diversos membros da oposição política e sindical.
"Alguém tem que responder pelos níveis sem precedentes de corrupção que estamos vendo. Gostaria que meus companheiros da Frente para a Vitória (governista) viessem à rua e escutassem as pessoas", afirmou ao canal C5N Sergio Bergman, do partido opositor PRO.
Depois de ser reeleita em 2011 com 54 % dos votos, a aprovação da gestão de Cristina caiu de forma sustentada durante o ano passado.
O estilo de confronto da presidente, que chegou ao governo em 2007 sucedendo seu marido Néstor Kirchner, que morreu em 2010, provocou disputas com diversos grupos e corporações nos últimos anos e também costuma causar mal-estar entre seus opositores.