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Milei critica Senado por rechaçar decreto e diz que pode haver novo acordo com FMI

Presidente argentino admitiu que derrota era esperada, mas reforçou que alguns pontos de sua plataforma não são negociáveis

Javier Milei, presidente da Argentina

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Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 15 de março de 2024 às 16h54.

O presidente da Argentina, Javier Milei, criticou o Senado por ter vetado, na noite desta quinta-feira, 14, seu Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), mas lembrou que o texto segue válido.

Para que não vigore, a Câmara dos Deputados também teria de rechaçá-lo. Durante entrevista à rádio La Red, Milei disse que a derrota no Senado era esperada, mas ele criticou os legisladores por o que considera um "padrão de obstrução" a seu governo.

Segundo Milei, alguns pontos de sua plataforma não são negociáveis, como o déficit fiscal zero. Questionado sobre a derrota no Senado, por um lado ele comentou que "essas são as regras do sistema democrático" e é natural que ocorra alguma "lentidão" nesses processos. Ao mesmo tempo, o presidente considerou que a votação deixou claro "quem são os que estão contra os argentinos". Não há data para a Câmara votar o tema.

Milei ainda comentou que há negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um eventual novo acordo. O presidente confirmou que isso poderia incluir novos fundos para o país. Milei disse que poderia haver o recebimento de dinheiro outras fontes, como outras nações, para ajudar a estabilizar a economia argentina. Ele reafirmou que, caso consiga US$ 15 bilhões, poderia acabar com os controles cambiais no país.

Sobre a inflação, Milei disse que março é "um mês extremamente complicado" para a trajetória dos preços, com reajustes previstos em várias frentes. Ao mesmo tempo, afirmou que o país está "cada vez mais perto" de uma inflação em apenas um dígito, na leitura mensal.

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