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Migrantes viajavam como nos trens de Auschwitz, diz bombeiro

Ao todo, os restos mortais de 458 pessoas foram retiradas da embarcação, em abril de 2015, pela Marinha italiana

Migrantes: ao todo, os restos mortais de 458 pessoas foram retiradas da embarcação, em abril de 2015, pela Marinha italiana (Marina Militare/Handout/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2016 às 13h33.

Os bombeiros italianos que recuperaram os corpos num barco pesqueiro que naufragou em abril de 2015 com cerca de 700 migrantes a bordo relataram que as vítimas estavam "acomodadas por todas as partes para a sua última viagem, amontoadas como nos trens de Auschwitz".

"Havia cinco pessoas por metro quadrado do barco", explica Luca Cari, chefe de comunicação para as situações de emergência dos bombeiros italianos, em um artigo publicado pela revista Panorama.

Os bombeiros encontraram corpos até mesmo nas cavidades da corrente da âncora na parte da frente do barco ou "encaixados" na sala de máquinas, relatou Cari a partir do testemunho de seus colegas encarregados de recuperar os corpos dos migrantes.

Ao todo, os restos mortais de 458 pessoas foram retiradas da embarcação pela Marinha italiana, mais de um ano depois de ter naufragado com centenas de migrantes a bordo.

A estes, soma-se 217 corpos recuperados em operações anteriores.

De acordo com a promotoria de Catania, na Sicília, o número total de vítimas chega a quase 700, contando também os corpos que não puderam ser retirados do fundo do mar.

Na noite de 18 de abril de 2015, o pesqueiro, procedente da Líbia, afundou depois de ser atingido por um cargueiro português que foi em seu auxílio.

Apenas 28 pessoas sobreviveram.

Desde 2014, mais de 10.000 migrantes desapareceram ou perderam suas vidas tentando chegar à Europa por mar, principalmente através do Mediterrâneo, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

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"Havia cinco pessoas por metro quadrado do barco", explica Luca Cari, chefe de comunicação para as situações de emergência dos bombeiros italianos, em um artigo publicado pela revista Panorama.

Os bombeiros encontraram corpos até mesmo nas cavidades da corrente da âncora na parte da frente do barco ou "encaixados" na sala de máquinas, relatou Cari a partir do testemunho de seus colegas encarregados de recuperar os corpos dos migrantes.

Ao todo, os restos mortais de 458 pessoas foram retiradas da embarcação pela Marinha italiana, mais de um ano depois de ter naufragado com centenas de migrantes a bordo.

A estes, soma-se 217 corpos recuperados em operações anteriores.

De acordo com a promotoria de Catania, na Sicília, o número total de vítimas chega a quase 700, contando também os corpos que não puderam ser retirados do fundo do mar.

Na noite de 18 de abril de 2015, o pesqueiro, procedente da Líbia, afundou depois de ser atingido por um cargueiro português que foi em seu auxílio.

Apenas 28 pessoas sobreviveram.

Desde 2014, mais de 10.000 migrantes desapareceram ou perderam suas vidas tentando chegar à Europa por mar, principalmente através do Mediterrâneo, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

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