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México encontra corpos onde estudantes desapareceram

Onze corpos decapitados foram encontrados ao lado de uma estrada no Estado de Guerrero, sul do México

Manifestantes durante um protesto pelos 43 estudantes desaparecidos, na Cidade do México (Tomas Bravo/Reuters)

Manifestantes durante um protesto pelos 43 estudantes desaparecidos, na Cidade do México (Tomas Bravo/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 16h03.

Cidade do México - Onze corpos, a maioria deles decapitados, foram encontrados nesta quinta-feira ao lado de uma estrada no Estado de Guerrero, sul do México, mesma região em que 43 alunos foram sequestrados e supostamente massacrados há dois meses, um caso que provocou protestos generalizados em todo o país.

Alguns dos corpos estavam sem camisa e foram parcialmente queimados, segundo fotos publicadas pela mídia local.

Promotores de Guerrero disseram que o caso ocorreu em Chilapa, aldeia que fica no caminho da escola rural de Ayotzinapa, onde estudavam os jovens desaparecidos e onde há poucos dias foi encontrado o corpo de um padre de Uganda entre restos humanos achados em meio à busca pelos alunos.

Nesta parte do Estado, um dos mais pobres do México, duas quadrilhas de crime organizado conhecidas como Los Rojos e Los Ardillos, ambas derivadas da separação do cartel outrora poderoso dos Beltrán Leyva, levaram a violência na região a níveis sem precedentes.

O caso dos estudantes abalou o governo de Enrique Peña Nieto, que anunciou nesta quinta-feira mudanças em sua estratégia de segurança, atualmente sob fortes críticas de diversos setores.

Entre as mudanças estão alterações na Constituição para criar uma lei contra o crime organizado e uma iniciativa a ser enviada ao Congresso para redefinir o sistema de jurisdição penal.

Mais de 100.000 pessoas morreram desde o final de 2006, quando o ex-presidente Felipe Calderón lançou uma campanha frontal contra os cartéis de drogas, que se fragmentaram à medida que seus líderes caíam e elevaram a espiral de violência.

Cerca de 30.000 homicídios foram registrados durante o governo de Peña, que tinha prometido controlar a violência herdada de seu antecessor.

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