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Merkel quer redução de refugiados em todos os países da UE

Isso significaria, segundo a chanceler, lutar contra as raízes dos problemas e conseguir que "o número de imigrantes irregulares diminua"


	Angela Merkel: Merkel também defendeu uma "solução sustentável" na proteção das fronteiras externas
 (Fabrizio Bensch / Reuters)

Angela Merkel: Merkel também defendeu uma "solução sustentável" na proteção das fronteiras externas (Fabrizio Bensch / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2016 às 10h18.

Bruxelas - A chanceler alemã, Angela Merkel, expressou nesta segunda-feira seu desejo de que os líderes europeus deem um "bom passo" em direção a uma solução para a crise de refugiados, que inclui a redução dos fluxos de imigrantes irregulares em todos os países e não só em alguns através de medidas unilaterais.

"Esta cúpula é das importantes, e espero que avancemos um bom passo", afirmou a chanceler, para quem o plano de ação com a Turquia é "chave" para enfrentar a crise de refugiados porque significa melhorar as condições de vida das pessoas mais perto de seus países de origem e reduzir o fluxo de chegadas na Europa.

Isso significaria, segundo a chanceler, lutar contra as raízes dos problemas e conseguir que "o número de imigrantes irregulares diminua não só para uns poucos países através de medidas unilaterais, mas para todos, ou seja, para a Grécia também".

Merkel também defendeu uma "solução sustentável" na proteção das fronteiras externas.

"Isso só podemos fazer em cooperação com a Turquia", para logo depois enumerar como terceiro pilar do plano a luta contra os traficantes de imigrantes.

"Espero que tenhamos dados um papo hoje para conseguir alcançar estes objetivos, mas haverá negociações difíceis", advertiu Merkel.

Após sua reunião com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, os líderes da UE pretendem deixar hoje claro na reunião dos 28 que a rota dos Bálcãs "agora está fechada".

O chanceler federal da Áustria, Werner Faymann, defendeu empregar uma linguagem clara na declaração, no que entende ser uma mensagem aos imigrantes e aos traficantes de que a rota dos Bálcãs "está fechada e qualquer outra também".

Ele disse que seu país está a favor de uma distribuição ordenada e também em falar com a Turquia, mas advertiu que só poderão saber no futuro se os acordos com Ancara funcionarão e perdurarão.

"Todo resultado é bem-vindo, mas não podemos depender da Turquia no dever de poder proteger as fronteiras por si mesmo, e a UE tem que ser capaz de proteger suas fronteiras", recalcou.

"Com o vizinho é mais fácil, mas sem ele também devemos poder fazer", indicou Faymann.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, à frente este semestre da presidência rotativa do Conselho da UE, disse estar "moderadamente otimista" com a possibilidade de alcançarem progressos hoje.

Rutte, que se reuniu ontem à noite com Merkel e Davutoglu em Bruxelas para preparar a cúpula de hoje, considerou que o "alívio" que a Turquia pode proporcionar ao manter os refugiados em seu território permitirá que cheguem "números muito mais baixos" à Europa.

"Os turcos também têm que estar preparados para a devolução dos imigrantes não sírios que não têm direito a asilo na Europa", afirmou.

O primeiro-ministro da Estônia, Taavi Roivas, disse que os líderes enfrentam hoje "três tarefas muito importantes enquanto a rota dos Bálcãs é fechada", e confiar em "ver progressos" nelas.

Ele se referia a "melhorar a cooperação com a Turquia em nossas fronteiras comuns e o retorno das pessoas que não estão em necessidade de proteção"; a "acelerar o apoio à Grécia para enfrentar a situação humanitária" e a "restaurar a confiança em Schengen e a supressão ordenada" dos controles internos.

Já o primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, ressaltou a necessidade de uma "solução europeia" em áreas como direito trabalhista, reagrupamento familiar e ajudas aos imigrantes, já que "agora cada um decide de maneira diferente, no que parece um dumping anti-imigração, em que cada um aplica suas próprias regras.

"Espero que tenhamos regras comuns nos 28, é preciso uma política de imigração", afirmou.

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