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Merkel pede "calma" para negociações com o Reino Unido

Merkel fez declarações em breve declaração para se posicionar em relação ao resultado do referendo no Reino Unido


	Angela Merkel: "Não há nada a ser falado. O dia de hoje representa um ponto de inflexão para a Europa e para o projeto europeu"
 (Fabrizio Bensch / Reuters)

Angela Merkel: "Não há nada a ser falado. O dia de hoje representa um ponto de inflexão para a Europa e para o projeto europeu" (Fabrizio Bensch / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2016 às 10h44.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, lamentou nesta sexta-feira o resultado do referendo no Reino Unido, que rotulou de "ponto de inflexão" para a Europa, e pediu "calma" e "moderação" para as negociações que começarão em breve entre Bruxelas e Londres.

Merkel fez estas declarações em breve declaração para se posicionar em relação ao resultado do referendo no Reino Unido, onde - segundo os resultados já definitivos - o bloco favorável a abandonar a União Europeia (UE) venceu ontem com 52% dos votos.

"Não há nada a ser falado. O dia de hoje representa um ponto de inflexão para a Europa e para o projeto europeu", afirmou Merkel, destacando que a "Alemanha tem um interesse especial e uma responsabilidade especial" em que o projeto comunitário prospere.

Merkel defendeu que as relações futuras com o Reino Unido sejam "estreitas" e amistosas, e garantiu que nas negociações defenderá os interesses dos cidadãos alemães e da indústria nacional.

A chefe do governo alemão pediu a unidade dos demais 27 países-membros da UE porque "os desafios" derivados da globalização "são muitos grandes para superá-lo sozinhos" e apostou em manter uma "união solidária e de valores" que forneça aos cidadãos "paz, bem-estar e estabilidade".

Também pediu aos demais membros da UE que não busquem agora "decisões rápidas" a respeito da futura relação do Reino Unido com o bloco, já que, segundo sua opinião, isto só "dividirá a Europa", e pediu "calma e moderação para tomar juntos as decisões corretas".

Merkel também pediu para aproximar o projeto europeu dos cidadãos, levando em conta que a Europa é "diversa" e, em consequência, as "expectativas" de seus habitantes também são.

Neste sentido, advertiu contra o euroceticismo, indicando que as "dúvidas fundamentais" em torno do processo europeu crescem "não só no Reino Unido, mas em todos os países".

Segundo sua opinião, é essencial assegurar que todos os cidadãos percebam que a UE contribui para a melhora de suas vidas em nível individual.

Merkel anunciou que convidou para uma cúpula extraordinária prevista para a próxima segunda-feira em Berlim o presidente francês, François Hollande, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

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