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Merkel e Hollande responsabilizam Assad por reação dos EUA

Presidentes da França e da Alemanha divulgaram comunicado conjunto depois de uma conversa por telefone

Hollande e Merkel: "seu reiterado uso de armas químicas e seus crimes contra seu próprio povo exigem sanções" (Axel Schmidt/Reuters)

Hollande e Merkel: "seu reiterado uso de armas químicas e seus crimes contra seu próprio povo exigem sanções" (Axel Schmidt/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de abril de 2017 às 07h18.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, François Hollande, acusaram nesta sexta-feira o líder sírio, Bashar al Assad, de carregar "sozinho a responsabilidade" pelo ataque com armas químicas da última terça e pelo subsequente bombardeio americano.

Em comunicado conjunto divulgado depois que ambos conversaram por telefone, apontaram, sem dúvidas, para Al Assad, pelo "massacre com armas químicas do dia 4 de abril" na população síria em Jan Shijun, onde morreram cerca de 80 pessoas, entre elas diversos menores de idade.

Além disso, responsabilizaram o líder sírio pela reação americana, em referência ao bombardeio, nesta madrugada, da base aérea de Shayrat, ataque onde morreram seis pessoas.

"Seu reiterado uso de armas químicas e seus crimes contra seu próprio povo exigem sanções, como a França e Alemanha desde 2013, após o massacre de Ghouta, exigiram", afirmam os dois líderes.

Angela Merkel e Hollande também pediram para a comunidade internacional a prosseguir com seus esforços para conseguir uma transição política na Síria, depois do ataque com mísseis realizado pelos EUA.

"Alemanha e França pedem para a comunidade internacional que respaldem a resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU e o comunicado de Genebra", afirmam os dois líderes.

Ambos textos defendem a busca para uma solução política na Síria, onde acabem as hostilidades e se forme um governo de transição no país, antes de dar passagem para as eleições, objetivos das conversas de Genebra, que fizeram pouco progresso nos últimos meses.

Além disso, os dois líderes mostraram sua disposição a "prosseguir com seus esforços" com seus parceiros e "no âmbito da ONU" para que o presidente sírio "assuma sua responsabilidade por seus atos criminosos".

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