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Merkel descarta proposta para elevar recursos em fundo europeu

Segundo ela, é preciso restaurar a confiança perdida nas políticas dos governos do bloco econômico para acalmar os mercados financeiros

Angela Merkel, chanceler alemã: a redução salarial que aumentou a competitividade da economia alemã geralmente é apresentada por Berlim como um exemplo a ser seguido (Angelika Warmuth/AFP)

Angela Merkel, chanceler alemã: a redução salarial que aumentou a competitividade da economia alemã geralmente é apresentada por Berlim como um exemplo a ser seguido (Angelika Warmuth/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2012 às 16h57.

Davos - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, descartou nesta quarta-feira elevar os recursos do fundo de resgate da zona do euro. Segundo ela, é preciso restaurar a confiança perdida nas políticas dos governos do bloco econômico para acalmar os mercados financeiros.

Merkel reforçou ainda que uma maior integração do bloco seria uma solução para a crise de dívida que afeta os 17 países da moeda comum.

Em discurso durante abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Merkel lançou farpas contra os críticos do fundo de resgate europeu que pedem a injeção de mais recursos para que o instrumento torne-se crível.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, fez um apelo a Berlim defendendo que o fundo de resgate europeu temporário e permanente fossem combinados para que os recursos atingissem 1 trilhão de euros.

"Agora eles dizem: 'deveria ser o dobro do que é agora; se for o dobro nós acreditamos em vocês'. Outros dizem: 'deveria ser três vezes maior, só então realmente acreditaremos em vocês.' E eu sempre me pergunto o que é esse crível e o que não é mais crível", afirmou a chanceler.

"O que não queremos na Alemanha é uma situação em que nós prometemos algo que não podemos cumprir. Porque se a Alemanha se comprometer com algo que não pode entregar e os mercados (financeiros) atacarem de maneira violenta, aí, então, a Europa estará vulnerável", emendou Angela Merkel.

Autoridades europeias esperam que Berlim concorde, em março, com a proposta que fará o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, que tem cerca de 250 bilhões de euros, e o futuro Mecanismo de Estabilidade Europeu funcionarem de maneira paralela.

Merkel evitou comentar essa proposta. Ela limitou-se a dizer que a Europa deveria se esforçar mais para reconstruir a confiança através de regras fiscais mais duras e de reformas estruturais.

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