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Mercosul quer erradicar trabalho e exploração de menores

O que se procura é "sensibilizar" as sociedades de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai sobre "a importância" de "cuidar e proteger" crianças e jovens

Também serão distribuídos cartazes nas passagens de fronteira, lojas, escolas e outras instituições (Jon Levy/AFP)

Também serão distribuídos cartazes nas passagens de fronteira, lojas, escolas e outras instituições (Jon Levy/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 16h16.

Montevidéu - O Mercosul lançou nesta terça-feira uma campanha conjunta para erradicar o trabalho infantil e a exploração sexual de menores.

O que se procura é "sensibilizar" as sociedades de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai sobre "a importância" de "cuidar e proteger" crianças e jovens, destacou o ministro de Trabalho e Seguridade Social uruguaio, Eduardo Brenta, ao apresentar a campanha em Montevidéu.

O Mercosul tem atualmente "problemas" em vários setores, especialmente diferenças em temas comerciais, "mas, nos assuntos sociais estamos unidos e impulsionando projetos comuns", destacou o ministrou uruguaio.

A campanha, destinada em uma primeira etapa basicamente à região de fronteira dos quatro países, consiste em mensagens radiofônicas que estarão a cargo de personalidades e buscarão "conscientizar" para erradicar o trabalho infantil, especialmente em zonas rurais, o trabalho doméstico de menores e a exploração sexual de crianças e adolescentes.

Também serão distribuídos cartazes nas passagens de fronteira, lojas, escolas e outras instituições.

Simultaneamente serão realizadas oficinas e conferências para funcionários, equipes de saúde, educadores e jornalistas com o objetivo de "divulgar o máximo possível" as políticas nacionais contra o trabalho infantil.

O objetivo final é "tornar mais digna" a vida de "milhares de crianças e adolescentes" no Mercosul, destacou o inspetor geral do Trabalho do Ministério do Trabalho e Seguridade Social (MTSS), Juan Andrés Roballo.

A campanha tem o apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de câmaras empresariais e centrais sindicais dos quatro países.

Fernando Berasain, coordenador nacional do Mercosul no MTSS, disse que as autoridades do bloco regional concordam com a "necessidade de abrir a cabeça" das respectivas sociedades para "erradicar um flagelo" que afeta os quatro países.

Além disso, anunciou que no próximo dia 25 de junho haverá uma reunião de delegados do Mercosul em Buenos Aires para avançar em "outros temas" que também buscam enfrentar o trabalho e a exploração infantil. 

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