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Melania Trump obteve residência nos EUA com "visto Einstein"

O programa de residência permanente para estrangeiros com "capacidades extraordinárias" é conhecido como "visto Einstein"

Donald e Melania Trump: segundo o jornal "The Washington Post", Melania solicitou essa permissão em 2000 (Yuri Gripas/Reuters)

Donald e Melania Trump: segundo o jornal "The Washington Post", Melania solicitou essa permissão em 2000 (Yuri Gripas/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de março de 2018 às 21h32.

Washington - Nascida na Eslovênia, Melania Trump obteve em 2001 a residência permanente nos Estados Unidos graças a um programa para estrangeiros com "capacidades extraordinárias" conhecido como "visto Einstein", confirmou nesta sexta-feira à Agência Efe o advogado da primeira-dama americana, Michael Wildes.

Não se sabe quais motivos levaram o governo dos EUA a conceder à ex-modelo Melania a permissão por meio de um programa que costuma beneficiar acadêmicos reconhecidos, executivos de multinacionais, atletas olímpicos ou estrelas ganhadoras do Oscar.

"A senhora Trump obteve seu cartão de residência de forma legal, e estava mais que amplamente qualificada e era completamente apta para um cartão de residência por capacidades extraordinárias", afirmou Wildes à Efe.

O advogado da primeira-dama não quis dar mais detalhes sobre como ela obteve esse benefício, a fim de "proteger a privacidade da senhora Trump".

Segundo o jornal "The Washington Post", Melania solicitou essa permissão em 2000, quando namorava o agora presidente do país, Donald Trump, e seu sobrenome ainda era Knauss.

Em março de 2001, ela foi beneficiada com um cartão de residência permanente pelo programa EB-1, batizado popularmente como "visto Einstein" pelos congressistas que em 1990 redigiram a lei que criou essa via de acesso aos Estados Unidos.

"É uma categoria de cartão de residência permanente reservada a pessoas que possam demonstrar capacidades extraordinárias em ciências, artes, educação, negócios ou no campo atlético", declarou à Efe uma especialista no Instituto de Política Migratória, Sarah Pierce.

Normalmente, os solicitantes costumam provar sua excelência mediante "uma aclamação nacional ou internacional", como cartas de autoridades ou outras figuras célebres de prestígio, acrescentou ela.

As permissões "são concedidas a indivíduos muito bem-sucedidos, como geneticistas, magnatas dos negócios, jogadores de basquete, músicos, historiadores, artistas ou matemáticos, todos eles no mais alto nível de seus respectivos campos", frisou Pierce.porque este ter beneficiado Melania, que começou a trabalhar como modelo em Nova York em 1996, mas não era muito conhecida no competitivo mundo da moda da cidade, segundo fontes citadas pelo "Post".

A verdadeira fama de Melania começou quando ela passou a sair com Trump em 1998, um momento no qual trabalhava em Nova York graças a um visto H1-B para imigrantes qualificados.

A revelação de que a primeira-dama se beneficiou desse exclusivo programa surgiu pouco depois de especulações sobre a possibilidade de que os pais de Melania obtenham permissões de residência permanente nos EUA sob um programa criticado por Trump.

Segundo especialistas em imigração, o caminho mais provável para que os eslovenos Viktor e Amalija Knavs consigam as permissões é o processo de reunificação familiar, que permite a entrada no país de parentes de residentes permanentes ou cidadãos, e que Trump pediu que fosse restringido por considerar que é "migração em cadeia".

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