Medvedev pede a Obama que coalizão evite morte de civis na Líbia
Telefonema ressaltou prioridade pela resolução 1973 na situação Líbia. Ex-embaixador Chamov acredita que o país pode virar "novo Iraque" com queda de Kadafi
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2011 às 15h34.
Moscou - O presidente russo, Dmitri Medvedev, pediu em uma conversa por telefone com o chefe de Estado americano, Barack Obama, que a coalizão que atua na Líbia evite a morte de civis.
"O presidente da Rússia destacou a necessidade de se evitar baixas entre a população civil", informou o Kremlin em comunicado.
Nessa linha, Medvedev ressaltou "a prioridade de conseguir os objetivos estabelecidos pela resolução 1973 aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU" de proteger a população civil líbia.
Medvedev defendeu nesta semana sua decisão de não vetar dita resolução, ao considerar que reflete em grande medida a posição russa.
Por sua vez, o ministro da Defesa russo, Anatoli Serdiukov, fez esta semana uma chamada a fazer tudo o que for possível para "interromper a violência" e para se obter um cessar-fogo na Líbia, depois de se reunir com o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates.
A Rússia considera "inaceitável" a atuação da coalizão ocidental na Líbia.
O ex-embaixador russo no país, Vladimir Chamov, disse nesta quinta-feira em declarações a uma emissora de rádio que, após a queda do líder líbio, Muammar Kadafi, o país norte-africano se transformará em um novo Iraque.