Mundo

Médicos residentes da Inglaterra entram em greve

A greve terá um grande impacto no Serviço Nacional de Saúde (National Health Service, NHS), que emprega milhares de médicos residentes


	Greve: "Não é uma questão de salário, é uma questão de atender bem os pacientes"
 (Stefan Wermuth / Reuters)

Greve: "Não é uma questão de salário, é uma questão de atender bem os pacientes" (Stefan Wermuth / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2016 às 08h48.

Os médicos residentes da Inglaterra, em guerra aberta com o governo conservador por suas condições de trabalho e salários, realizam nesta terça-feira uma greve que pela primeira vez inclui os serviços de emergências.

A greve terá um grande impacto no Serviço Nacional de Saúde (National Health Service, NHS), que emprega milhares de médicos residentes, graduados que estão completando a prática profissional.

Apesar de outra paralisação já ter sido realizada, esta é a primeira vez que uma greve afetará os serviços de emergências, como os que atendem vítimas de acidentes ou gestantes, mas os médicos mais veteranos e as enfermeiras estarão presentes no trabalho.

A Inglaterra tem mais de 50.000 médicos residentes - a saúde é descentralizada e Escócia e País de Gales administram o setor em seus territórios —, o que equivale a um terço do total de profissionais.

"É o dia mais triste da minha vida profissional. Como médico, nunca pensei que teria que abandonar o estetoscópio e entrar em greve. Mas o governo se recusa a nos ouvir", disse à AFP Fiona Martin, do hospital londrino Saint Thomas, próximo ao Parlamento britânico.

"Não é uma questão de salário, é uma questão de atender bem os pacientes", completou, em referência à reivindicação de maior financiamento e mais funcionários, em um contexto de envelhecimento e crescimento da população.

Quase 13.000 cirurgias e 113.000 consultas foram adiadas por causa da greve, que vai durar dois dias, terça-feira e quarta-feira, entre 8H00 e 17H00 (4H00 e 13H00 de Brasília).

O principal ponto de discórdia entre os médicos e o governo do primeiro-ministro David Cameron é o plano do chefe de Governo de passar a considerar o sábado como um dia normal de trabalho, em termos salariais.

Cameron e seu governo afirmam que desejam esta e outras reformas para criar uma saúde pública que preste os mesmos serviços nos sete dias da semana.

Acompanhe tudo sobre:EuropaGrevesInglaterraMédicosPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia