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Massacre na Noruega é ataque contra democracia, diz primeiro-ministro

Jens Stoltenberg discursou em uma cerimônia com militantes do Partido Trabalhista, que foi alvo dos atentados de Behrin Breivik

O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg: "as balas atingiram nossos jovens, mas alcançaram a nação inteira" (Lionel Bonaventure/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2011 às 12h26.

Oslo - Os ataques realizados há exatamente uma semana na Noruega são um ataque contra a democracia, afirmou nesta sexta-feira o primeiro-ministro Jens Stoltenberg, falando em uma cerimônia com militantes do Partido Trabalhita, alvo dos atentados de Behrin Breivik.

"As balas atingiram nossos jovens, mas alcançaram a nação inteira", afirmou Stoltenmberg, ao evocar as vítimas, a maioria militantes da juventude trabalhista reunidos em um acampamento de verão na ilha de Utoya.

"Um ataque contra o compromisso político é um ataque contra nossa democracia", acrescentou.

As primeiras 76 vítimas dos ataques de 22 de julho estão sendo sepultadas nesta sexta-feira.

Bano Rashid, uma jovem de 18 anos e de origem curdo-iraquiana morta no tiroteio na ilha de Utoya, será enterrada em Nesodden, nos arredores da capital Oslo. De acordo com a agência NTB, o ministro de Relações Exteriores da Noruega, Jonas Gahr Stoere, irá acompanhar o funeral.

A jovem era membro ativo da juventude trabalhista e tinha o hábito de escrever artigos nos quais criticava o racismo e a discriminação, informou a agência.

A irmã caçula de Bano, que também estava na ilha, sobreviveu ao ataque.

"A resposta não deve ser ódio, mas sim amor", disse, entre lágrimas, Beyan Rashid, mãe das meninas, à imprensa local.

O canal de televisão TV2 divulgou que nesta sexta-feira também será sepultado Ismail Haji Ahmed, um jovem de 19 anos também morto na ilha.

Todas as bandeiras da Noruega estão içadas a meio mastro em memória das 76 vítimas do massacre no país.

Enquanto isso, Breivik foi levado para a sede da polícia de Oslo para um segundo interrogatório.

O norueguês de 32 anos, que disse estar em guerra contra o islamismo na Europa, será interrogado sobre as "muitas informações recebidas nos últimos dias", afirmou na quinta-feira durante uma coletiva de imprensa Paal-Fredrik Hjort, um dos responsáveis pelas investigações.

Um comboio de veículos blindados da polícia acompanhou Breivik do cárcere de um presídio de alta segurança até a sede da polícia, informou um correspondente da AFP.

No último sábado, durante a primeira audiência do caso, Breivik confessou ser o autor do tiroteio que deixou 68 mortos em um acampamento de jovens do Partido Trabalhista na ilha de Utoya e também da explosão de um carro-bomba que fez oito vítimas na sede do Governo norueguês, na capital Oslo.

Breivik confessou os crimes, mas recusa a declarar-se culpado, uma vez que considera seus atos "cruéis, porém necessários", de acordo com seu advogado.

Na segunda-feira ele foi preso provisoriamente por um período renovável de oito semanas.

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Oslo - Os ataques realizados há exatamente uma semana na Noruega são um ataque contra a democracia, afirmou nesta sexta-feira o primeiro-ministro Jens Stoltenberg, falando em uma cerimônia com militantes do Partido Trabalhita, alvo dos atentados de Behrin Breivik.

"As balas atingiram nossos jovens, mas alcançaram a nação inteira", afirmou Stoltenmberg, ao evocar as vítimas, a maioria militantes da juventude trabalhista reunidos em um acampamento de verão na ilha de Utoya.

"Um ataque contra o compromisso político é um ataque contra nossa democracia", acrescentou.

As primeiras 76 vítimas dos ataques de 22 de julho estão sendo sepultadas nesta sexta-feira.

Bano Rashid, uma jovem de 18 anos e de origem curdo-iraquiana morta no tiroteio na ilha de Utoya, será enterrada em Nesodden, nos arredores da capital Oslo. De acordo com a agência NTB, o ministro de Relações Exteriores da Noruega, Jonas Gahr Stoere, irá acompanhar o funeral.

A jovem era membro ativo da juventude trabalhista e tinha o hábito de escrever artigos nos quais criticava o racismo e a discriminação, informou a agência.

A irmã caçula de Bano, que também estava na ilha, sobreviveu ao ataque.

"A resposta não deve ser ódio, mas sim amor", disse, entre lágrimas, Beyan Rashid, mãe das meninas, à imprensa local.

O canal de televisão TV2 divulgou que nesta sexta-feira também será sepultado Ismail Haji Ahmed, um jovem de 19 anos também morto na ilha.

Todas as bandeiras da Noruega estão içadas a meio mastro em memória das 76 vítimas do massacre no país.

Enquanto isso, Breivik foi levado para a sede da polícia de Oslo para um segundo interrogatório.

O norueguês de 32 anos, que disse estar em guerra contra o islamismo na Europa, será interrogado sobre as "muitas informações recebidas nos últimos dias", afirmou na quinta-feira durante uma coletiva de imprensa Paal-Fredrik Hjort, um dos responsáveis pelas investigações.

Um comboio de veículos blindados da polícia acompanhou Breivik do cárcere de um presídio de alta segurança até a sede da polícia, informou um correspondente da AFP.

No último sábado, durante a primeira audiência do caso, Breivik confessou ser o autor do tiroteio que deixou 68 mortos em um acampamento de jovens do Partido Trabalhista na ilha de Utoya e também da explosão de um carro-bomba que fez oito vítimas na sede do Governo norueguês, na capital Oslo.

Breivik confessou os crimes, mas recusa a declarar-se culpado, uma vez que considera seus atos "cruéis, porém necessários", de acordo com seu advogado.

Na segunda-feira ele foi preso provisoriamente por um período renovável de oito semanas.

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