Marina Silva critica embate eleitoral
Pré-candidata à presidência prega conquista de votos pelo programa de governo
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
São Paulo A pré-candidata à Presidência da República pelo Partido Verde (PV), a senadora Marina Silva, voltou a atacar hoje (12) o princípio do embate na campanha à sucessão presidencial, defendendo que os candidatos à disputa devem seguir a estratégia de conquistar os eleitores pela qualidade de suas propostas. "As eleições não devem ocorrer como se fosse uma guerra e, sim, por meio de um debate, principalmente, com a sociedade", disse.
Perguntada sobre declarações da concorrente Dilma Rousseff, pré-candidata do PT,interpretadas como uma alfinetada no opositor, o pré-candidato pelo PSDB, José Serra, Marina Silva minimizou a polêmica. "Os exilados políticos não fugiram, eles fizeram um ato em legítima defesa", ponderou Marina ao justificar o teor das palavras de Dilma, durante discurso, no último sábado (10), em São Bernardo do Campo.
Para os analistas políticos, ao afirmar que não foge de uma situação difícil, Rousseff tentou atingir Serra, que, na época do golpe militar, era líder estudantil e saiu do país como exilado. Ao emitir sua opinião sobre os políticos carismáticos, Marina manifestou simpatia pelo presidente Lula. "Ainda bem que o presidente Lula não é mais candidato e dá uma chance para nós."
Sobre o leilão para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, previsto para o próximo dia 20, Marina defendeu o adiamento do processo, justificando a necessidade de uma "análise com mais acuidade". Para ela, o empreendimento deve ocorrer de forma transparente e a população tem de saber, com clareza, todos os aspectos envolvidos para se avaliar sua viabilidade.
Essas declarações foram feitas, no final da manhã de hoje (12), logo após o encontro O Brasil e a Transição para uma Economia de Baixo Carbono, realizado pela revista Carta Capital, no teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).