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Manifestantes turcos não concordam com proposta de referendo

Segundo representante dos manifestantes, a proposta do premiê não é legal nem desejável

Polícia enfrenta manifestantes na capital turca, Ancara: eles protestam contra a destruição do parque (Marco Longari/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 09h02.

Istambul - A proposta do primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan de organizar um referendo municipal sobre o futuro de parque Gezi de Istambul, que desencadeou os protestos contra o governo, não é legal nem desejável, afirmou à AFP um representante dos manifestantes.

"Já existe uma decisão judicial, que obrigou a interrupção das obras urbanísticas do parque Gezi. Nestas condições, não é legal prever uma consulta popular para decidir o futuro do parque", declarou Tayfun Kahraman, do movimento Solidariedade Taksim, que reúne 116 associações que promovem protestos no parque Gezi.

Kahraman destacou ainda que "não existem as condições para realizar uma consulta porque a legislação turca prevê o recurso do referendo apenas para reformas constitucionais.

O primeiro-ministro tentou na quarta-feira neutralizar os protestos contra o governo com a ideia de um referendo sobre o projeto urbanístico da praça Taksim e sobre o futuro das 600 árvores do parque Gezi.

Um tribunal administrativo de Istambul divulgou em 31 de maio uma medida cautelar para suspender as obras, à espera de uma decisão sobre a legalidade do projeto estimulado pelo governo.

Nesta quinta-feira, o ministro do Interior, Muammer Guler, pediu o fim rápido da ocupação do parque Gezi, cenário de protestos há duas semanas.

"A ocupação do parque Gezi não pode durar. Desde 1 de junho, alguns grupos ocupam um espaço público e impedem o acesso a outros. Tudo isto deve acabar antes de provocar mais tensão. Esta situação não é aceitável em uma democracia", disse Guler em Ancara.

"Adotamos as medidas de segurança necessárias. A polícia está preparada diariamente para restabelecer a ordem e garantir a segurança", completou.

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"Já existe uma decisão judicial, que obrigou a interrupção das obras urbanísticas do parque Gezi. Nestas condições, não é legal prever uma consulta popular para decidir o futuro do parque", declarou Tayfun Kahraman, do movimento Solidariedade Taksim, que reúne 116 associações que promovem protestos no parque Gezi.

Kahraman destacou ainda que "não existem as condições para realizar uma consulta porque a legislação turca prevê o recurso do referendo apenas para reformas constitucionais.

O primeiro-ministro tentou na quarta-feira neutralizar os protestos contra o governo com a ideia de um referendo sobre o projeto urbanístico da praça Taksim e sobre o futuro das 600 árvores do parque Gezi.

Um tribunal administrativo de Istambul divulgou em 31 de maio uma medida cautelar para suspender as obras, à espera de uma decisão sobre a legalidade do projeto estimulado pelo governo.

Nesta quinta-feira, o ministro do Interior, Muammer Guler, pediu o fim rápido da ocupação do parque Gezi, cenário de protestos há duas semanas.

"A ocupação do parque Gezi não pode durar. Desde 1 de junho, alguns grupos ocupam um espaço público e impedem o acesso a outros. Tudo isto deve acabar antes de provocar mais tensão. Esta situação não é aceitável em uma democracia", disse Guler em Ancara.

"Adotamos as medidas de segurança necessárias. A polícia está preparada diariamente para restabelecer a ordem e garantir a segurança", completou.

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