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Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2010 às 09h30.
Bucareste - Mais de 50 mil pessoas participaram de uma manifestação hoje em Bucareste diante da sede do Governo contra o corte de salários dos funcionários públicos, aposentadorias e ajudas sociais anunciadas pelo Executivo.
Os manifestantes pediram a renúncia do Governo e do chefe do Estado, Traian Basescu, e mostraram cartazes contra as medidas que consideram antissociais.
Diante de milhares de bandeiras dos sindicatos, da Romênia e da União Europeia (UE), os oradores chamaram a greve geral.
Este é o primeiro grande protesto na Romênia contra o plano de austeridade anunciado há duas semanas por Basescu, que prevê a redução de 25% dos salários dos servidores e de 15% das ajudas sociais e das aposentadorias a partir de 1º de junho.
A dureza dos cortes ocorre em um dos países mais pobres da UE, que tem uma pensão mínima de 85 euros e um salário bruto médio de 500 euros.
As medidas de ajuste buscam manter o déficit em 6,8% imposto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), e foi duramente criticado por sindicatos e a oposição.
Romênia aceitou as duras condições de austeridade econômica do FMI ao conseguir em 2009 um crédito para dois anos de 20 bilhões de euros.
Além do FMI, participam do crédito a União Europeia, o Banco Mundial e outras instituições internacionais.