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Manifestantes entram na embaixada da Alemanha no Sudão

Os manifestantes atearam fogo do lado de fora da embaixada, e a polícia não conseguiu evitar que entrassem no local


	Protestos em frente à embaixada alemã no Sudão: os participantes dos protestos pediram ao governo de Cartum que feche ambas as legações e retire seus embaixadores
 (Ashraf Shazly/AFP)

Protestos em frente à embaixada alemã no Sudão: os participantes dos protestos pediram ao governo de Cartum que feche ambas as legações e retire seus embaixadores (Ashraf Shazly/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2012 às 10h38.

Cartum - Dezenas de manifestantes invadiram nesta sexta-feira a embaixada da Alemanha no Sudão, no centro da capital Cartum, após escalarem o muro que cerca a edificação, informaram testemunhas à Agência Efe.

Os manifestantes atearam fogo do lado de fora da embaixada, e a polícia não conseguiu evitar que entrassem no local. Ao mesmo tempo que este episódio ocorria, a sede diplomática do Reino Unido também sofria uma tentativa de invasão.

Vários protestos foram iniciados hoje em Cartum após a oração do meio-dia nas mesquitas da capital para protestar contra o vídeo do profeta Maomé, considerado blasfemo pelos muçulmanos e supostamente produzido nos Estados Unidos.

Os manifestantes também saíram às ruas para expressar sua repulsa por caricaturas de Maomé, que, segundo eles, foram publicadas recentemente na imprensa alemã.

As testemunhas contaram que os participantes dos protestos cantaram palavras de ordem contra os EUA e a Alemanha, e pediram ao governo de Cartum que feche ambas as legações e retire seus embaixadores.

O Ministerio das Relações Exteriores sudanês chamou hoje para consultas o encarregado de negócios dos EUA e o embaixador alemão para protestar pelo vídeo e as caricaturas de Maomé.

O chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, expressou hoje em Berlim sua preocupação com os diplomatas e funcionários de seu país nos países muçulmanos ante os violentos protestos pelo vídeo parodiando Maomé.

"Os alemães estamos naturalmente preocupados com nossas próprias representações diplomáticas", afirmou Westerwelle em entrevista à emissora estatal de TV, acrescentando que foram tomadas medidas preventivas. 

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