Mais de 90% dos europeus votariam em Obama
Embora as pesquisas de opinião nos Estados Unidos indiquem uma corrida acirrada entre Obama e Romney
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2012 às 21h29.
Londres - Mais de 90 por cento dos europeus do norte reelegeriam o presidente norte-americano, Barack Obama , se pudessem votar nos Estados Unidos na semana que vem, já que consideram Mitt Romney um candidato de extrema direita, afirmou nesta quarta-feira o instituto de pesquisas britânico YouGov.
Embora as pesquisas de opinião nos Estados Unidos indiquem uma corrida acirrada entre Obama e Romney, os eleitores europeus em sete países do norte da Europa expressaram apoio firme à reeleição do presidente democrata.
O republicano Romney, ex-investidor de capitais privados, é simplesmente um candidato de extrema direita na visão dos europeus, disse o diretor de pesquisa política e social do instituto, Joe Twyman.
"Para os padrões europeus, Obama é considerado de centro-direita ou inclusive de direita", disse Twyman à Reuters.
"E aí você tem Romney que é de extrema direita. É uma mudança forte em relação ao nível em que os europeus se sentem cômodos", manifestou.
Em um continente que enfrenta uma crise econômica e que conta com sistemas de assistência social que, segundo os investidores de bônus, são insustentáveis, a retórica da corrida presidencial norte-americana simplesmente é do agrado dos europeus.
"Acusações de socialismo (contra Obama) não têm impacto em países como a Dinamarca", disse Twyman.
A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, reorganizou seu gabinete neste mês, apontando o líder do Partido Socialista Popular como ministro de Desenvolvimento e Comércio.
O presidente socialista francês, François Hollande, prometeu fazer com que os ricos paguem uma taxa de 75 por cento sobre o rendimento anual que supere 1 milhão de euros.
Twyman disse que o fato de Obama, que encantou muitos europeus com um discurso antes da eleição presidencial de 2008 no qual pedia o fortalecimento das relações entre Estados Unidos e Europa, ter sido o presidente por quatro anos o ajudou muito.
"As pessoas sabem muito mais de Obama do que de Romney. Depois de tudo, foi presidente por um tempo", disse.
Participaram da pesquisa 7.500 pessoas de Grã-Bretanha, Alemanha, França, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Noruega.