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Mais de 250 mil mexicanos ficaram sem moradia após terremotos

A secretária destacou que, em um período "de três a quatro meses", se estará "consolidando" o processo de reconstrução das moradias

México: "Estamos falando de mais de 150.000 moradias danificadas, desde danos menores, danos parciais, até danos totais" (Daniel Becerril/Reuters)

México: "Estamos falando de mais de 150.000 moradias danificadas, desde danos menores, danos parciais, até danos totais" (Daniel Becerril/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de setembro de 2017 às 16h26.

Cidade do México - Mais de 250.000 mexicanos perderam seu lar e "estão em uma situação de pobreza patrimonial" devido aos três terremotos que afetaram o centro e o sul do país no mês de setembro, afirmou nesta quarta-feira a secretária de Desenvolvimento Agrário, Territorial e Urbano do México, Rosario Robles.

Em uma conferência na residência oficial de Los Pinos na qual os membros do gabinete abordaram a reconstrução dos estados afetados pelos terremotos de 7, 19 e 23 de setembro (de magnitude 8,2, 7,1 e 6,1 na escala Richter, respectivamente), Robles afirmou que a população sem moradia é similar ao total de habitantes do estado de Colima.

"Estamos falando de mais de 150.000 moradias danificadas, desde danos menores, danos parciais, até danos totais", uma cifra que se assemelha ao número de moradias construídas durante 2016, ressaltou.

Um quadro apresentado no evento com a supressão das cifras preliminares, que não incluiu os dados da Cidade do México, indicou que há 24.526 casas com perda total, 46.134 com danos que as tornam não habitáveis e 82.885 com danos, mas habitáveis.

A secretária destacou ainda que, em um período "de três a quatro meses", se estará "consolidando" o processo de reconstrução das moradias com danos totais.

Para isso, se iniciou uma estratégia de "autoconstrução com assistência técnica", comentou.

"As famílias (...) terão a responsabilidade, com o apoio do governo, para autoempregar-se ou pagar mão de obra", com a possibilidade de ter acesso a materiais com custos acessíveis e com a assistência técnica adequada, explicou Robles.

Como resultado dos danos nas moradias "temos milhares de homens, mulheres, meninos e meninas nos albergues, e muitos deles em centros de refúgio comunitário que foram habilitados próximos às suas casas".

Os albergues habilitados, no entanto, não são "suficientes" para os que deixaram suas casas, em algumas ocasiões por medo de possíveis réplicas.

Robles salientou que por isso estão sendo criados espaços com cozinhas comunitárias, banheiros e duchas para que as pessoas "vivam em condições de segurança".

A secretária informou que o censo para avaliar os danos das moradias foi feito através da participação de 7.000 servidores públicos de todas as cidades afetadas, que conseguiram recopilar os dados em um período mais rápido que o estabelecido pela lei, de um máximo de 20 dias.

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