Travessia ONU prevê que o número de refugiados e migrantes que tentam cruzar o Mediterrâneo aumentará com a chegada do verão no hemisfério norte (REUTERS/Stefano Rellandini/Reuters)
AFP
Publicado em 21 de junho de 2018 às 19h30.
Mais de 200 migrantes se afogaram no Mediterrâneo central em dois dias, aumentando para mais de mil o número de mortos desde janeiro nesta principal rota migratória que une a África à Europa, informou a ONU nesta quinta-feira.
Em um comunicado, o Alto Comissariado da ONU para os refugiados (Acnur) se declarou "comovido" por esses "afogamentos em massa na Líbia" e pediu uma "ação internacional urgente para reforçar os esforços de salvamento no mar".
"Essas mortes trágicas nos lembram que as guerras e a pobreza continuam levando as pessoas a empreender viagens desesperadas que lhes custam suas economias, sua dignidade, e no fim das contas, sua vida", declarou o Alto Comissariado da ONU para os refugiados, Filippo Grandi, citado em comunicado.
Segundo o Acnur, mais de 200 migrantes morreram afogados no Mediterrâneo central nos dias 19 e 20 de junho, em três tragédias separadas.
Essas tragédias elevam para mais de mil o número de pessoas mortas em 2018 na rota migratória do Mediterrâneo central, segundo o Acnur, que prevê que o número de refugiados e migrantes que tentam cruzar o Mediterrâneo aumentará com a chegada do verão (no hemisfério norte), temporada muito favorável à navegação em alto mar.