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Maioria dos detidos durante protestos no Irã é jovem e estudante

A onda de protestos começou na última quinta-feira em Mashhad, a segunda maior cidade do país, contra inflação de dois dígitos e desemprego

Irã: Pelo menos mil pessoas foram detidas em diferentes cidades do país (Tasnim/Reuters)

Irã: Pelo menos mil pessoas foram detidas em diferentes cidades do país (Tasnim/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de janeiro de 2018 às 10h57.

Teerã - Grande parte dos detidos durante os protestos antigovernamentais dos últimos dias no Irã é formada por jovens e muitos deles são estudantes, assegurou nesta quarta-feira (3) o ministro de Educação do Irã, Mohamad Bathai.

"Ainda não há estatísticas exatas com relação a quantos deles são estudantes", mas "hoje faremos um acompanhamento deste tema com o Ministério do Interior e em outras instituições de segurança", disse Bathai, segundo a agência local iraniana de notícias "ISNA".

Pelo menos mil pessoas foram detidas em diferentes cidades do país desde que na quinta-feira começaram os protestos pelas políticas econômicas do Governo, ainda que esse número possa ser maior, já que muitas províncias não facilitaram dados a respeito.

O ministro de Educação, que não especificou a idade dos estudantes detidos, explicou que "alguns" dos que foram detidos só "estavam passando pela rua" onde estavam os manifestantes, que em algumas cidades enfrentaram as forças de segurança.

Ontem, Bathai lamentou no Twitter a morte nos protestos de dois estudantes chamados "Armin" e "Shayan", sem facilitar suas idades, ainda que, segundo meios locais, tratava-se de dois menores de 13 e 15 anos.

As manifestações começaram na quinta-feira na cidade de Mashad e se estenderam a numerosas cidades, onde até agora morreram mais de 20 pessoas.

As autoridades iranianas ameaçaram acusar os manifestantes de delitos como "atentar contra a segurança nacional" e "inimizade com Deus" (moharebeh), ambos que podem se traduzir em pena de morte.

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