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Maduro diz que Venezuela "jamais" será tirada do Mercosul

Para Maduro, a crise política, econômica e social que seu país atravessa é consequência de uma "agressão internacional"

Maduro: "É como se nos cortassem do mapa e nos expulsassem da América Latina. Somos Mercosul de alma, coração e vida" (Carlos Garcias Rawlins/Reuters)

Maduro: "É como se nos cortassem do mapa e nos expulsassem da América Latina. Somos Mercosul de alma, coração e vida" (Carlos Garcias Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de agosto de 2017 às 16h46.

Buenos Aires - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse neste sábado que seu país "jamais" será tirado do Mercosul, porque, segundo ele, fez mais pelo bloco do que os países fundadores.

A entrevista foi dada pouco antes de os quatro fundadores - Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - anunciarem a suspensão indefinida do país caribenho.

"A Venezuela jamais será tirada por ninguém do Mercosul. É como se nos cortassem do mapa e nos expulsassem da América Latina. Somos Mercosul de alma, coração e vida. E algumas oligarquias golpistas, como a do Brasil, ou algumas miseráveis, como a que governa a Argentina, poderão tentar mil vezes, mas sempre estaremos aí", declarou Maduro à rádio argentina "Rebelde".

O presidente venezuelano alegou que há uma "perseguição ideológica" do Mercosul a seu governo, que, para ele "contribuiu mais" com o bloco "do que os próprios países fundadores".

"Não é tempo de expulsões, de divisões (...), é tempo de nos unirmos, de gerarmos um bloco econômico, comercial, de desenvolvimento", afirmou, antes de apontar que o fato de que governos como os de Michel Temer e Mauricio Macri (presidente da Argentina) o acusem de romper a ordem democrática, significa "uma medalha de honra".

Para Maduro, a crise política, econômica e social que seu país atravessa é consequência de uma "agressão internacional", que se repete em nível nacional em uma oposição "que tem como objetivo levar caos à Venezuela".

"Tivemos que suportar 120 dias de um assédio permanente que teve centenas de vítimas" por parte de uma oposição que, "apesar de ter todas as suas garantias de participação política, tomou o caminho da violência, da derrubada do governo legitimo, da obstrução da vida social do país", disse.

Maduro argumentou que este cenário foi o motivo que o levou a convocar a eleição para a Assembleia Constituinte, a qual definiu como um "bálsamo" para o país, apesar de ser alvo de críticas por parte da grande maioria da comunidade internacional.

"Resistimos um dos assédios mais ferozes" e agora "vamos reconquistar a paz, que é o bem mais prezado que temos que cuidar", afirmou.

Maduro reiterou que seu governo está defendendo "com muita rebeldia, dignidade, amor, firmeza, valentia e até heroísmo um projeto histórico", algo que, para ele, provocou "loucura" não só dos Estados Unidos, como de seus "empregados domésticos" que estão no poder na América Latina. EFE

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