Macron recebe líder saudita buscando pressionar por produção de petróleo
Príncipe está visitando a Europa pela primeira vez desde que o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de julho de 2022 às 10h05.
O presidente francês Emmanuel Macron planejou pressionar o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman s obre produção de petróleo e questões de direitos humanos durante uma reunião em Paris na noite desta quinta-feira 28,, segundo autoridades.
O príncipe está visitando a Europa pela primeira vez desde que o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018 o tornou menos bem-vindo nas capitais ocidentais. Macron esteve na vanguarda de seu retorno ao mercado internacional, fazendo a primeira viagem em anos de um grande líder ocidental à Arábia Saudita em dezembro passado. Ele foi seguido pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e, no início deste mês, pelo presidente Joe Biden.
Conduzindo o fim do isolamento do príncipe, em parte, está o impacto dos altos preços da energia nas taxas de inflação nos Estados Unidos e na Europa. Os preços do petróleo subiram acima de US$ 100 o barril depois que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro, e os sauditas fizeram pouco para aproveitar sua capacidade de bombear mais petróleo para domar o mercado, apesar dos pedidos do Ocidente para fazê-lo.
Um assessor presidencial próximo disse que Macron discutiria as aspirações europeias para a produção de petróleo durante um jantar no palácio presidencial do Eliseu, onde recebeu o príncipe Mohammed na noite de quinta-feira com um sorriso caloroso e um aperto de mão. "As necessidades dos países europeus, principalmente da França, aguardam respostas", disse o assessor.
Um alto funcionário do governo Biden disse nesta quinta-feira que, com base nas recentes discussões do presidente com os sauditas e outros produtores do Golfo durante sua viagem a Jeddah, a Casa Branca prevê progresso no aumento da produção como resultado dessa reunião. "Estamos otimistas de que possa haver alguns anúncios positivos na próxima reunião da Opep", disse o funcionário.
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