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Macron quer mais garantias antes de assinar acordo UE-Mercosul

Presidente francês reconhece avanços nas cláusulas de proteção, mas diz que a União Europeia ainda precisa concluir ajustes antes de fechar o acordo

Publicado em 24 de outubro de 2025 às 06h57.

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta quinta-feira que a União Europeia deve decidir nas próximas semanas sobre a assinatura do acordo comercial com o Mercosul, mas destacou que as medidas voltadas à proteção de setores mais expostos “vão na boa direção”.

Durante coletiva de imprensa após a cúpula de líderes da UE em Bruxelas, Macron reconheceu o avanço das negociações, mas manteve o tom de cautela.

O francês afirmou que o “trabalho continua” para concluir as cláusulas de salvaguarda propostas pela Comissão Europeia, voltadas a limitar o impacto do acordo em segmentos sensíveis da economia europeia.

“O governo francês, como os outros, espera essas respostas, mas tudo vai na direção correta para proteger os setores mais expostos e também os consumidores europeus”, declarou Macron.

Cautela francesa

O presidente ressaltou que as garantias incluem o reforço dos controles alfandegários, sanitários e fitossanitários sobre produtos importados, considerados “imprescindíveis” por Paris para que o texto final do tratado avance.

Já o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, disse que os embaixadores da UE já receberam sinal verde para assinar o pacto. Segundo Merz, a assinatura definitiva ainda precisará da ratificação do Parlamento Europeu, mas poderia ocorrer “em um período de tempo muito curto”.

Expectativa de assinatura

Apesar da diferença de tom entre Paris e Berlim, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, informou aos membros do bloco que o acordo poderá ser assinado em 20 de dezembro, pedindo agilidade no processo interno de aprovação.

Macron sinalizou que a França só apoiará a conclusão do tratado após garantias concretas de que os setores nacionais mais vulneráveis não serão prejudicados pela entrada de produtos sul-americanos no mercado europeu.

*Com informações da EFE

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