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Macron abre mão de aposentadoria vitalícia concedida a ex-presidentes

Em meio a pressões sobre a reforma da Previdência, presidente francês quer que a lei deixe de valer para todos os futuros chefes de estado

Macron: A reforma da previdência de Macron quer acabar com os 42 regimes atuais em vigor na França e fundi-los em um único sistema (Jean Catuffe / Colaborador/Getty Images)
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EFE

Publicado em 22 de dezembro de 2019 às 11h23.

Paris — O presidente da França, Emmanuel Macron , decidiu abrir mão da aposentadoria à qual teria direito depois do término de seu mandato e também informou que não será integrante do Conselho Constitucional do país.

O anúncio foi feito neste domingo (22) pelo governo da França. Com a decisão, Macron rejeita assim o benefício previsto em uma lei de 1955 que determina que os ex-presidentes do país recebam de forma vitalícia um salário equivalente ao de um conselheiro estatal. Hoje, o valor é de 6.220 euros (R$ 28,3 mil) brutos por mês.

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Macron, que ontem completou 42 anos, quer que a lei deixe de valer para todos os futuros presidentes da França. Ele quer incluir a si próprio e seus sucessores na reforma da previdência que está sendo negociada no Congresso e é alvo de protestos por parte da oposição e dos principais sindicatos do país.

"É uma questão de exemplo e coerência", disse o Palácio do Eliseu em comunicado para explicar a decisão de Macron.

O atual presidente também não será membro do Conselho Constitucional quando deixar o cargo. Como integrantes do órgão, os ex-presidentes têm o direito de receber 13,5 mil euros (R$ 61,3 mil) mensais.

O antecessor de Macron, François Hollande, também recusou ser membro do conselho. Nicolas Sarkozy fez parte do órgão até 2013, quando o Conselho Constitucional rejeitou as contas apresentadas por ele na campanha eleitoral do ano anterior.

A reforma da previdência de Macron quer acabar com os 42 regimes atuais em vigor na França e fundi-los em um único sistema. No entanto, a proposta é vista com muita reticência por grande parte da população, que organizou protestos e greves contra o governo.

O sistema de transportes está parcialmente parado desde o dia 5 de dezembro. Sem acordo com os sindicatos, as greves serão mantidas durante o Natal e o período de férias escolares na França.

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