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Macri diz que respeitou lei em acordo com empresa familiar

O presidente, que foi acusado por um promotor pelos possíveis crimes em que pode haver incorrido nesta negociação, negou participação no acordo

Mauricio Macri: "Sobre o tema disseram muitas coisas. Muitas não são verdades, têm má intenção, mas estamos em ano eleitoral" (Marcos Brindicci/Reuters)

Mauricio Macri: "Sobre o tema disseram muitas coisas. Muitas não são verdades, têm má intenção, mas estamos em ano eleitoral" (Marcos Brindicci/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 21h50.

Buenos Aires - O presidente da Argentina, Mauricio Macri, disse nesta quinta-feira que respeitou a lei no polêmico acordo de cobrança de uma dívida de uma empresa de sua família como governo, mas considerou como erro não existir um mecanismo para saber como atuar em "controvérsias judiciais" como essa.

"Não pensamos um mecanismo para controvérsias judiciais como essa com o correio do Estado, na qual o concessionário do correio era meu pai", disse o presidente em entrevista sobre o acordo, que ainda não foi homologado, que pretendia solucionar um litígio de 2001, quando uma empresa da família de Macri, que administrou o serviço oficial de correio entre 1997 e 2003, entrou em acordo com credores.

O presidente, que foi acusado por um promotor pelos possíveis crimes em que pode haver incorrido nesta negociação, negou participação no acordo e afirmou que ordenou que o pacto seja reiniciado e debatido em uma audiência pública.

"Sobre o tema disseram muitas coisas. Muitas não são verdades, têm má intenção, mas estamos em ano eleitoral", disse Macri, que lamentou não ter pensado em um mecanismo para essas situações.

O presidente disse que o ministro de Comunicações, Oscar Aguard, também acusado pelo promotor, atuou dentro da lei na negociação do acordo com a empresa cujos principais acionistas são os irmãos, sobrinhos e filhos de Macri, depois que Franco, seu pai, deixasse a companhia há alguns anos.

"Acho que tecnicamente Aguad fez bem, mas não conseguiu porque não previmos um mecanismo de difusão e discussão do que estava fazendo. Por isso, o instrui a voltarmos ao zero, porque não há nenhum fato consumado. Nada foi perdoado, nada foi pago e nada foi cobrado", ressaltou Macri.

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