Lula lembrou ainda que 13 milhões de pessoas são afetadas pela seca na região e que, segundo a FAO, ainda faltam US$ 2,5 bilhões para combater a crise de fome (Mustafa Abdi/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2011 às 08h36.
Adis-Abeba - O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva pediu à comunidade internacional que ajude "os irmãos do Chifre da África a evitar a fome, as doenças e a morte" causadas pela pior seca na região nas últimas seis décadas.
Em comunicado distribuído nesta quarta-feira pela União Africana (UA), Lula fez um pedido a "membros, Governos, entidades e todas as pessoas dignas" que cooperem para aliviar a situação humanitária grave a qual estão submetidas mais de 13 milhões de pessoas no Chifre da África.
"A prioridade é no combate a fome, a extrema pobreza e ajudar às comunidades a encontrarem soluções. Esta missão deve ser responsabilidade de todo o mundo", disse o ex-presidente brasileiro, que acrescentou ser preciso achar uma maneira de "evitar este tipo de tragédias no futuro".
"A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) estima que faltam US$ 2,5 bilhões" para combater a crise de fome, dos quais só foi arrecadado a metade, lembrou Lula que fez este apelo a pedido de Jean Ping, presidente da Comissão da União Africana, com sede na capital etíope.
Ping reiterou seu pedido aos membros da UA para que redobrem seus esforços para frear a crise humanitária na região, principalmente na Somália, onde a ONU declarou seis províncias em estado de crise, situação agravada pelo conflito armado na região desde 1991.