Lugo diz que suspensão do Paraguai castiga classe política
Lugo destacou que os chefes de Estado dos países do Mercosul ''decidiram castigar exclusivamente à classe política paraguaia que quebrou a ordem democrática''
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2012 às 20h23.
Assunção - O ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo declarou nesta sexta-feira que a suspensão temporária de seu país do Mercosul está de acordo com as normas do bloco e castiga ''exclusivamente à classe política paraguaia''.
Lugo, cassado em 22 de junho pelo Senado, também saudou o fato de que a Argentina, Brasil e Uruguai, cujos presidentes se reuniram hoje em Mendoza, não tomarão nenhuma medida econômica que prejudique ao povo paraguaio.
Em um breve comunicado que leu perante a imprensa, Lugo destacou que os chefes de Estado dos países do Mercosul ''decidiram castigar exclusivamente à classe política paraguaia que quebrou a ordem democrática, com garantias de que não serão tomadas nenhuma medida econômica que prejudique o povo''.
Baseados no Protocolo de Compromisso Democrático do Mercosul, os parceiros consideraram ''ilegítimo'' o processo que levou à destituição de Lugo e suspenderam o Paraguai dos órgãos de decisão do bloco. No entanto, não aprovaram sanções econômicas como forma de não prejudicar à população paraguaia.
Em seu ''quartel-general'' do minoritário Partido País Solidário, do esquerdista frente Guazú, Lugo disse que, com essa decisão, ''a democracia da região sancionou a classe política paraguaia''.
O ex-governante ainda considerou que a decisão de suspender a participação do Governo de seu sucessor, Federico Franco, está de acordo com as normas vigentes no Mercosul. ''Tais normas foram elaboradas justamente como resposta a uma ameaça de interrupção do processo democrático paraguaio no ano 1996'', lembrou Lugo.
Antes disso, o ex-ministro do Interior Carlos Filizzola, colaborador de Lugo, tinha lamentado a decisão da Argentina, Brasil e Uruguai contra o Paraguai. ''Por culpa de uma medida que é ilegal, ilegítima, inconstitucional, que desencadeou a cassação do presidente Lugo'', disse.
Segundo Filizzola, o episódio ''não é bom'' para seu país, um dos fundadores do bloco econômico. ''Dói muito que uma medida tomada por poucos chegue esta sanção que vai ter efeitos políticos na relação com os países da região, sobretudo do Mercosul'', falou.
No entanto, o ex-ministro destacou que a decisão não implica nenhuma sanção econômica e é estritamente política.
Filizzola acrescentou que a suspensão do Paraguai não está relacionada com a decisão do Mercosul sobre a Venezuela, embora admitiu que Lugo e seus seguidores foram favoráveis ao ingresso do país, bloqueado pelo Senado paraguaio.
Assunção - O ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo declarou nesta sexta-feira que a suspensão temporária de seu país do Mercosul está de acordo com as normas do bloco e castiga ''exclusivamente à classe política paraguaia''.
Lugo, cassado em 22 de junho pelo Senado, também saudou o fato de que a Argentina, Brasil e Uruguai, cujos presidentes se reuniram hoje em Mendoza, não tomarão nenhuma medida econômica que prejudique ao povo paraguaio.
Em um breve comunicado que leu perante a imprensa, Lugo destacou que os chefes de Estado dos países do Mercosul ''decidiram castigar exclusivamente à classe política paraguaia que quebrou a ordem democrática, com garantias de que não serão tomadas nenhuma medida econômica que prejudique o povo''.
Baseados no Protocolo de Compromisso Democrático do Mercosul, os parceiros consideraram ''ilegítimo'' o processo que levou à destituição de Lugo e suspenderam o Paraguai dos órgãos de decisão do bloco. No entanto, não aprovaram sanções econômicas como forma de não prejudicar à população paraguaia.
Em seu ''quartel-general'' do minoritário Partido País Solidário, do esquerdista frente Guazú, Lugo disse que, com essa decisão, ''a democracia da região sancionou a classe política paraguaia''.
O ex-governante ainda considerou que a decisão de suspender a participação do Governo de seu sucessor, Federico Franco, está de acordo com as normas vigentes no Mercosul. ''Tais normas foram elaboradas justamente como resposta a uma ameaça de interrupção do processo democrático paraguaio no ano 1996'', lembrou Lugo.
Antes disso, o ex-ministro do Interior Carlos Filizzola, colaborador de Lugo, tinha lamentado a decisão da Argentina, Brasil e Uruguai contra o Paraguai. ''Por culpa de uma medida que é ilegal, ilegítima, inconstitucional, que desencadeou a cassação do presidente Lugo'', disse.
Segundo Filizzola, o episódio ''não é bom'' para seu país, um dos fundadores do bloco econômico. ''Dói muito que uma medida tomada por poucos chegue esta sanção que vai ter efeitos políticos na relação com os países da região, sobretudo do Mercosul'', falou.
No entanto, o ex-ministro destacou que a decisão não implica nenhuma sanção econômica e é estritamente política.
Filizzola acrescentou que a suspensão do Paraguai não está relacionada com a decisão do Mercosul sobre a Venezuela, embora admitiu que Lugo e seus seguidores foram favoráveis ao ingresso do país, bloqueado pelo Senado paraguaio.