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Lugansk e Donetsk não participarão de eleições da Ucrânia

As regiões de Donetsk e Lugansk não irão participar das eleições presidenciais marcadas para 25 de maio no país

Denis Pushilin, líder pró-Russia: "aqui não haverá eleições" (Baz Ratner/Reuters)

Denis Pushilin, líder pró-Russia: "aqui não haverá eleições" (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 13h03.

Donetsk - As regiões de Donetsk e Lugansk, ambas situadas no leste da Ucrânia, não vão participar das eleições presidenciais marcadas para 25 de maio no país, anunciaram nesta segunda-feira líderes pró-Rússia.

"Aqui não haverá eleição", disse Denis Pushilin, copresidente da "República Popular de Donetsk", um dia após os referendos realizados ontem nas regiões expressarem o desejo da população local pela independência da Ucrânia.

Vasyl Nikitin, chefe de imprensa do chamado "Exército do Sudeste", formado na autoproclamada "República Popular de Lugansk", também se pronunciou nesse sentido.

"Talvez as eleições pudessem ser realizadas no território da região de Lugansk. Mas agora somos a "República Popular de Lugansk" e, por isso, não haverá eleições", disse Nikitin.

Animado com os resultados do referendo realizado ontem, que legitimam o status de Lugansk como república popular, segundo os líderes pró-russos, Nikitin ressaltou que a assembleia regional de deputados perdeu sua legitimidade.

De acordo com os resultados definitivos divulgados hoje por seus organizadores, 89,7% dos eleitores votaram a favor da independência da Ucrânia no referendo de Donetsk.

Já em Lugansk, o apoio popular à independência da região foi de 96% dos eleitores, segundo os dados divulgados pelos rebeldes pró-russos.

Os dirigentes de ambas as regiões separatistas se propõem criar órgãos estatais e militares e, em um futuro próximo, criar um Estado independente junto a outras regiões orientais e meridionais da Ucrânia, como Kharkiv e Odessa.

As consultas separatistas realizadas no domingo em Lugansk e Donetsk não têm nenhum valor jurídico, assegurou hoje o presidente interino da Ucrânia, Alexander Turchinov.

Turchinov denunciou que a votação "foi iniciada pela Federação Russa com o objetivo de desestabilizar completamente a situação na Ucrânia, abortar as eleições presidenciais e derrubar as autoridades ucranianas".

O presidente interino ucraniano assegurou que, segundo o Ministério do Interior e analistas presentes nas consultas, a participação nas regiões insurgentes de Donetsk e Lugansk foi de apenas 32% e 24%, respectivamente. No entanto, de acordo com as comissões eleitorais separatistas, a participação superou 75% em ambas as regiões.

*Atualizada às 13h03 do dia 12/05/2014

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