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Líderes pedem ações para crescimento sustentável em Davos

Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, afirmou que o mundo precisa revolucionar pensamentos e ações atuais

Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU: "recursos naturais são cada vez menores" (Flickr/Fórum Econômico Mundial)
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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2011 às 08h23.

Davos, Suíça - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o presidente do México, Felipe Calderón, e outros líderes políticos advertiram nesta sexta-feira que o atual modelo de crescimento econômico, que se esquece das consequências para o meio ambiente, não pode se manter por mais tempo.

"Precisamos de uma revolução no pensamento e na ação... Os recursos naturais são cada vez menores", afirmou Ban, em um debate sobre como redefinir um crescimento sustentável, no marco do Fórum Econômico Mundial de Davos.

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O secretário-geral acrescentou que, além de recursos básicos para a sobrevivência como a água e os alimentos, "está se esgotando outro recurso, que é o tempo, o tempo para enfrentar à mudança climática".

O presidente mexicano interveio para assegurar que "se está décadas discutindo sobre o dilema entre crescimento econômico e preservação do meio ambiente".

"Devo dizer que esse é um falso dilema, pois é possível conseguir um crescimento econômico e ao mesmo tempo melhorar a eficiência energética e preservar o meio ambiente, a natureza", afirmou.

Para o presidente mexicano, "o segredo é pôr em prática políticas públicas que apontem para conseguir estes dois objetivos ao mesmo tempo".


Calderón se referiu a medidas concretas como incentivar as empresas a produzir empregando menos energia, "algo que representa uma economia e ao mesmo tempo protege o planeta".

Também assinalou a necessidade que se passe para energias renováveis nos lugares onde seja possível, e deu como exemplo o estado de Oaxaca, no México, "talvez um dos cinco melhores lugares do mundo para produzir energia eólica".

"Lembramos que se no acordo de Kioto se chegou a um compromisso de reduzir em 5% das emissões de carbono, e só por parte dos países desenvolvidos exceto os EUA, em Cancún se alcançou o compromisso de reduzir em 14% das emissões, e tanto por parte dos países ricos como dos em desenvolvimento, incluindo EUA e China", os principais poluidores do mundo.

Tanto Ban como Calderón destacaram que avançar na luta contra a mudança climática e o aquecimento do planeta não será possível sem os EUA, mas ambos concordaram em que o presidente Barack Obama é consciente do desafio.

"Tenho certeza que o presidente Obama se dá conta da gravidade e envergadura do problema. Mas não é suficiente para entendê-lo, se deve mobilizar a sociedade e a opinião pública sobre isso", assinalou o presidente mexicano.

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