O comissário-adjunto interino de Segurança Nacional da AFP, Nigel Ryan (à direita), fala com a imprensa ao lado do primeiro-ministro Anthony Albanese (à esquerda) no Parlamento, em 14 de dezembro de 2025, em Canberra, na Austrália. Dois homens armados, vestidos de preto, dispararam vários tiros na mundialmente famosa praia de Bondi, em Sydney, provocando ao menos 10 feridos e três mortes, além de causar pânico generalizado na noite de domingo. (Hilary Wardhaugh/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 14 de dezembro de 2025 às 11h43.
O tiroteio na Austrália que deixou ao menos 12 mortos e dezenas de feridos na praia de Bondi, em Sydney, neste domingo, 14, gerou uma onda de condenações internacionais. O ataque ocorreu durante um evento da comunidade judaica em celebração ao Hanukkah, segundo confirmaram autoridades australianas.
Em meio ao tiroteio, um dos atiradores foi desarmado por um civil.
De acordo com o governo local, homens armados abriram fogo em plena área pública de Bondi Beach, um dos pontos turísticos mais conhecidos do país. A polícia classificou o episódio como um ataque terrorista com motivação antissemita.
O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, afirmou que o ataque foi direcionado à comunidade judaica no primeiro dia do Hanukkah, data tradicionalmente marcada por celebração religiosa.
“Este é um ataque direcionado contra judeus australianos em um dia que deveria ser de alegria. Nossas forças de segurança estão trabalhando para identificar todos os envolvidos neste ato de ódio e terrorismo”, declarou.
A gravidade do tiroteio na praia de Bondi repercutiu rapidamente e gerou manifestação de líderes internacionais sobre os eventos em Sidney:
Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, disse estar “profundamente angustiado” e enviou condolências às vítimas e seus familiares;
Christopher Luxon, premiê da Nova Zelândia, afirmou que o país está “chocado com as cenas em Bondi” e reforçou que australianos e neozelandeses são “mais que amigos, são família”;
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que a Europa “está ao lado da Austrália e das comunidades judaicas em todo o mundo” e condenou o antissemitismo.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, classificou o ataque na Austrália como “um assassinato brutal durante um evento de Hanukkah” e associou o episódio ao crescimento de atos antissemitas globais.
Líderes de países como Espanha, Noruega, Suécia, Irlanda, França, Alemanha e Itália também se manifestaram em apoio ao acontecido na praia de Bondi, condenando o ataque terrorista e reforçando que ódio, violência e antissemitismo não têm espaço em sociedades democráticas.
A praia de Bondi, símbolo da vida urbana e turística de Sydney, foi isolada após os disparos. Autoridades australianas confirmaram que ao menos um dos atiradores morreu no local, enquanto outro foi detido. A investigação segue em andamento.
O primeiro-ministro destacou ainda o papel de civis que ajudaram vítimas durante o caos, chamando-os de “heróis”.
O tiroteio na Austrália, considerado um dos mais letais da história recente do país, reacende o debate global sobre extremismo, terrorismo e segurança em espaços públicos.