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Líderes globais celebram 100 anos do fim da Primeira Guerra

Evento é uma oportunidade de Macron se posicionar como líder global, mas todos os olhos estão em Trump e Putin

Macron: Presidente francês quer transformar as celebrações num evento anual pela paz.

Macron: Presidente francês quer transformar as celebrações num evento anual pela paz.

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2018 às 06h57.

Última atualização em 9 de novembro de 2018 às 07h06.

Mais de 60 líderes globais se reunirão em Paris neste fim de semana para celebrações que marcam os 100 anos do fim da Primeira Guerra Mundial.

No sábado, os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Alemanha, Angela Merkel, vão participar de uma cerimônia em Compiegne, no norte da França, onde o armistício foi assinado no dia 11 de novembro de 1918. A cerimônia principal, com a presença dos principais líderes globais, será realizada no domingo, no Arco do Triunfo, em Paris, marcando o primeiro dia sem confrontos.

 

 

Para Macron, o evento é mais uma oportunidade de se estabelecer como líder global, aproveitando uma brecha aberta após o anúncio de que Merkel não buscará uma reeleição após 2021. O francês quer transformar as celebrações num evento anual pela paz. Nos últimos dias, ele rodou o país visitando os principais campos de batalha da guerra, incluindo Verdum, onde mais de 700.000 soldados morreram em confronto.

Mas o presidente francês terá dificuldades de se sobressair sobre as duas grandes estrelas do xadrez político internacional, o americano Donald Trump e o russo Vladimir Putin. A grande pergunta em Paris é se os dois vão, afinal, se encontrar privadamente. Na quarta-feira, a chancelaria russa confirmou o encontro, mas foi desmentida horas depois pelo governo americano.

A reunião é avidamente esperada porque seria a primeira após as eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, que tiraram a Câmara dos Deputados do controle republicano e forçarão Trump a negociar mais com a oposição em sua segunda metade de mandato. Temas como as investigações sobre a interferência russa nas eleições de 2016 devem ganhar ainda mais peso até 2020, quando Trump tentará a reeleição.

Trump e Putin se encontraram em julho, na Finlândia, num evento em que o americano foi intensamente criticado por republicanos e democratas por ter desafiado as conclusões de sua própria equipe de inteligência ao negar interferência russa nas eleições que o levaram ao poder. Um encontro entre os dois é tão aguardado que a chancelaria francesa chegou a pedir que ele não aconteça, segundo o New York Times, sob o risco de ofuscar as celebrações pelo fim da Primeira Guerra. O mais provável, agora, é que Putin e Trump se encontrem reservadamente durante o G20, que acontece em Buenos Aires entre 30 de novembro e primeiro de dezembro.

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