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Líderes árabes criam fundo de US$ 1 bilhão para Jerusalém

Fundo seria gerido pelo Banco Islâmico de Desenvolvimento, com sede na Arábia Saudita, segundo o texto preliminar


	Hamad bin Khalifa Al-Thani: emir do Catar disse que seu país vai contribuir com US$ 250 milhões para o fundo, proposto por ele no seu discurso de abertura de uma cúpula árabe em Doha.
 (Wikimedia Commons)

Hamad bin Khalifa Al-Thani: emir do Catar disse que seu país vai contribuir com US$ 250 milhões para o fundo, proposto por ele no seu discurso de abertura de uma cúpula árabe em Doha. (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2013 às 19h05.

Doha - A Liga Árabe aprovou nesta terça-feira uma proposta do Catar para a criação de um fundo de 1 bilhão de dólares para Jerusalém Oriental, área reivindicada pelos palestinos como capital do seu eventual Estado.

Os árabes dizem que a construção de assentamentos israelenses em terras capturadas na guerra de 1967, incluindo Jerusalém Oriental, torna inviável uma solução com dois Estados, como defendem os Estados Unidos.

O emir do Catar, xeique Hamad bin Khalifa Al-Thani, disse que seu país vai contribuir com 250 milhões de dólares para o fundo, proposto por ele no seu discurso de abertura de uma cúpula árabe em Doha.

"A cúpula ... propõe o estabelecimento de um fundo para apoiar Jerusalém no valor de 1 bilhão de dólares a fim de financiar projetos e programas que mantenham o caráter árabe e islâmico da cidade e que reforcem a disposição do seu povo", disse a proposta de resolução.

O Banco Islâmico de Desenvolvimento, com sede na Arábia Saudita, irá gerir o fundo, segundo o texto preliminar.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, saudou a criação do fundo e pediu que outros Estados árabes contribuam.

"A ocupação israelense está trabalhando de forma sistemática e apressada para judaizar Jerusalém Oriental, alterar suas características e erradicar os habitantes palestinos, atacando a mesquita de Al-Aqsa e seus locais sagrados muçulmanos e cristãos", disse Abbas em discurso à cúpula.

O porta-voz da chancelaria israelense, Yigal Palmor, afirmou que a iniciativa é um "distintivo de vergonha" para o Catar.

"Objetar à 'judaização de Jerusalém', digamos assim, é absurdo e equiparável a uma objeção à natureza católica do Vaticano ou à islamização de Meca, é naturalmente impensável", disse Palmor.

Citando laços judaicos bíblicos, Israel anexou em 1980 a parte oriental de Jerusalém e arredores, sem reconhecimento internacional. O destino da cidade foi um dos pontos de maior divergência em processos de paz entre palestinos e israelenses no passado.

O emir do Catar não explicou se as verbas do fundo árabe serão canalizadas para a Autoridade Palestina, que controla partes da Cisjordânia ocupada, mas nada de Jerusalém.

Cerca de 200 mil israelenses vivem na parte árabe de Jerusalém, sendo mais de mil na Cidade Velha e arredores.

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