Bannon: "É surpreendente que um supremacista branco, Bannon, seja membro permanente do Conselho de Segurança Nacional", disse Pelosi (Joshua Roberts/Reuters)
EFE
Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 22h55.
Washington - A líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, criticou nesta quinta-feira o fato de o presidente Donald Trump ter incluído em seu Conselho de segurança o nome de Steve Bannon, a quem qualificou como "supremacista branco" e um perigo para o país.
"É surpreendente que um supremacista branco, Bannon, seja membro permanente do Conselho de Segurança Nacional", disse Pelosi em declarações contundentes durante uma entrevista coletiva no Capitólio.
A Casa Branca anunciou na semana passada que Bannon, ex-diretor do site de extrema-direita "Breitbart News" e assessor político do novo presidente, passaria a fazer parte do Conselho de Segurança Nacional presidencial, encarregado de tratar as crises no exterior.
O site alimentou as posturas de racistas, antiimigrantes e misóginos com enfoques sensacionalistas e uma crítica contínua aos valores progressistas e às políticas dos democratas e dos republicanos mais moderados.
"O que faz dos EUA menos seguros é ter este supremacista branco incluído de maneira permanente no Conselho de Segurança Nacional enquanto o chefe do Estado-Maior e o diretor de inteligência nacional não são considerados membros permanentes", acrescentou Pelosi, de 76 anos, uma das democratas de mais peso político no Congresso americano.
A decisão de Trump de remodelar a equipe de segurança nacional representa, além da nova entrada, a saída do chefe do Estado-Maior e do diretor de inteligência, que tradicionalmente faziam parte destas reuniões.
Bannon terá assim um papel privilegiado em um fórum integrado normalmente pelo presidente, o vice-presidente e os secretários de Estado, do Tesouro, de Defesa, de Justiça e de Segurança Nacional, entre outros.
Pelosi fez essas declarações depois que se somou ontem a uma carta enviada por vários congressistas democratas a Trump para que retire Bannon do Conselho, sob o argumento que "está politizando a segurança nacional" e "é completamente perigoso e moralmente reprovável".