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Líder da oposição lidera manifestação antigovernamental

O líder da oposição na Tailândia conduziu uma passeata antigovernamental para exigir o fim do regime


	Protesto contra o governo na Tailândia: milhares de manifestantes gritaram palavras de ordem contra a primeira-ministra, Yingluck Shinawatra
 (Damir Sagolj/Reuters)

Protesto contra o governo na Tailândia: milhares de manifestantes gritaram palavras de ordem contra a primeira-ministra, Yingluck Shinawatra (Damir Sagolj/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 11h51.

Bangcoc - O líder da oposição na Tailândia, Abhisit Vejjajiva, conduziu nesta sexta-feira uma passeata antigovernamental que se deslocou até a embaixada dos Estados Unidos, em Bangcoc, e até a sede do partido governante Puea Thai para exigir o fim do "regime" dos Shinawatra.

Com bandeiras da Tailândia e fazendo muito barulho com seus apitos, milhares de manifestantes gritaram palavras de ordem contra a primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, e seu irmão Thaksin, ex-chefe de governo, e a quem acusam de comandar o país do exílio.

Com cartazes com slogans como "Não sirvam ao regime de Thaksin" e "Fora aos servos de Thaksin", a manifestação ocorreu sem incidentes.

Ao chegar à embaixada dos EUA, os presentes entregaram uma carta na qual solicitavam que o governo de Barack Obama apoiasse o movimento antigovernamental e deixasse de reconhecer o Executivo de Yingluck Shinawatra.

Em outro incidente, um grupo de manifestantes forçaram as entradas e invadiram as instalações do quartel general do Exército para pedir o apoio dos militares.

Abhisit, ex-chefe do governo e líder do Partido Democrata, de oposição, anunciou ontem à noite seu apoio às manifestações após o fracasso da moção de censura proposta por seu partido no Congresso contra Yingluck, a quem acusa de acobertar os casos de corrupção e de má administração da economia.


Os protestos populares começaram em outubro contra várias iniciativas legais do Puea Thai e se intensificaram no domingo passado, com uma enorme mobilização e a ocupação de várias sedes ministeriais em Bangcoc e em outras províncias.

As forças de segurança receberam ordens para evitar o uso da violência a todo custo, por isso os manifestantes conseguiram invadir, sem resistência, vários ministérios e, inclusive, cortar o fornecimento de energia elétrica do quartel da Polícia Nacional.

Segundo as autoridades, o funcionamento da Administração continua inalterado, apesar da ocupação de vários escritórios do governo, e não aconteceram incidentes violentos importantes.

O ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, líder do "Movimento Civil para a Democracia", se mostrou disposto a morrer e continuar na luta até que o "poder" volte para as mãos do povo.

Suthep, que renunciou recentemente como parlamentar do Partido Democrata, propõe a criação de um conselho extraordinário formado por representantes dos setores sociais e econômicos do país para governar o país interinamente, além de órgãos para garantir o controle das instituições, antes de voltar ao sistema eleitoral.

A maioria dos manifestantes pertencem aos mesmos grupos das classes média e alta que apoiavam os "camisas amarelas", que ocuparam durante meses a sede do governo e os aeroportos de Bangcoc durante mais de uma semana em 2008.

Este mesmo grupo também protagonizou as mobilizações que precederam o golpe de Estado de 2006 contra Thaksin Shinawatra, que conta com grande apoio nas zonas rurais do nordeste do país e vive no exílio para evitar a prisão após ter sido condenado por corrupção.

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