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Líder da Al-Qaeda foi alvo de drone americano no Paquistão

Citanto autoridades americanas, a imprensa dos EUA não pôde confirmar a morte do número 2 da organização

Abu Yahya al-Libi já havia sido declarado morto em um ataque de drone em dezembro de 2009, informação que se mostrou falsa (HO/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2012 às 12h04.

Islamabad - A imprensa americana, citando autoridades de Washington, garantiu nesta terça-feira que um drone, avião não tripulado, da CIA tinha como alvo no Paquistão o líbio Abu Yahya al-Libi, um dos líderes da Al Qaeda considerado nos Estados Unidos o "número 2" da organização, mas não foi possível confirmar sua morte.

No Paquistão, oficiais da segurança, que pediram o anonimato como seus homólogos em Washington, asseguraram à AFP, também citando a inteligência americana, que Al-Libi era o alvo do drone, que matou na madrugada de segunda-feira 15 insurgentes islamitas no noroeste do Paquistão, principal reduto da Al-Qaeda no mundo.

Mas eles são unânimes em dizer que ainda é impossível saber se Al-Libi estava entre as vítimas. O local do atentado está nas mãos de insurgentes islâmicos e os corpos estão irreconhecíveis.

Além disso, especialistas ocidentais e paquistaneses no combate ao terrorismo contestam o papel do número 2 da Al Qaeda. Eles afirmam que Al-Libi é apenas um dos ideólogos e faz parte do círculo dos cinco principais líderes.

Os Estados Unidos, que oferecem apenas um milhão de dólares pela sua captura, de fato colocam ele na posição 39 dos "procurados por terrorismo", muito aquém do egípcio Ayman al-Zawahiri, sucessor de Osama bin Laden, morto há mais de um ano por um comando americano no norte do Paquistão, onde estava escondido há pelo menos cinco anos.

"As pessoas estão observando atentamente para ver se (Al-Libi) ainda está vivo", disse uma autoridade dos Estados Unidos ao New York Times: "Vai levar tempo para que as pessoas tenham realmente certeza de que ele está morto. Mas, sendo o 2º da Al Qaeda, seria um sério golpe".

Abu Yahya al-Libi já havia sido declarado morto em um ataque de drone em dezembro de 2009, informação que se mostrou falsa.

Vários agentes da inteligência e militares do Paquistão, consultados pela AFP nesta terça-feira, indicaram que os seus homólogos americanos relataram que Al-Libi era o alvo do ataque de seu drone, mas nenhum deles foi capaz de afirmar se o líbio estava presente no momento do ataque. Um deles afirmou que havia "estrangeiros" entre as vítimas, mas os corpos estão completamente carbonizados.

Um de seus colegas, disse que apenas a interceptação de uma comunicação entre os insurgentes, anunciando a sua morte ou um anúncio feito pela Al-Qaeda poderia atestar sua morte.

"Seria um golpe terrível no coração da Al Qaeda eliminar o seu número 2 duas vezes em menos de um ano", afirmou uma autoridade americana à AFP, em Washington.

Washington anunciou no verão de 2011 (hemisfério norte) que o líbio Atiyah Abd al-Rahman, então apresentado como o número dois da Al-Qaeda, havia sido morto por um drone no Paquistão no dia 22 de agosto.

Abu Yahya al-Libi já apareceu várias vezes nos últimos anos em mensagens de vídeo da Al Qaeda. Em março, ele exortou os rebeldes líbios para continuar a sua ofensiva contra o regime de Kadhafi.

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Islamabad - A imprensa americana, citando autoridades de Washington, garantiu nesta terça-feira que um drone, avião não tripulado, da CIA tinha como alvo no Paquistão o líbio Abu Yahya al-Libi, um dos líderes da Al Qaeda considerado nos Estados Unidos o "número 2" da organização, mas não foi possível confirmar sua morte.

No Paquistão, oficiais da segurança, que pediram o anonimato como seus homólogos em Washington, asseguraram à AFP, também citando a inteligência americana, que Al-Libi era o alvo do drone, que matou na madrugada de segunda-feira 15 insurgentes islamitas no noroeste do Paquistão, principal reduto da Al-Qaeda no mundo.

Mas eles são unânimes em dizer que ainda é impossível saber se Al-Libi estava entre as vítimas. O local do atentado está nas mãos de insurgentes islâmicos e os corpos estão irreconhecíveis.

Além disso, especialistas ocidentais e paquistaneses no combate ao terrorismo contestam o papel do número 2 da Al Qaeda. Eles afirmam que Al-Libi é apenas um dos ideólogos e faz parte do círculo dos cinco principais líderes.

Os Estados Unidos, que oferecem apenas um milhão de dólares pela sua captura, de fato colocam ele na posição 39 dos "procurados por terrorismo", muito aquém do egípcio Ayman al-Zawahiri, sucessor de Osama bin Laden, morto há mais de um ano por um comando americano no norte do Paquistão, onde estava escondido há pelo menos cinco anos.

"As pessoas estão observando atentamente para ver se (Al-Libi) ainda está vivo", disse uma autoridade dos Estados Unidos ao New York Times: "Vai levar tempo para que as pessoas tenham realmente certeza de que ele está morto. Mas, sendo o 2º da Al Qaeda, seria um sério golpe".

Abu Yahya al-Libi já havia sido declarado morto em um ataque de drone em dezembro de 2009, informação que se mostrou falsa.

Vários agentes da inteligência e militares do Paquistão, consultados pela AFP nesta terça-feira, indicaram que os seus homólogos americanos relataram que Al-Libi era o alvo do ataque de seu drone, mas nenhum deles foi capaz de afirmar se o líbio estava presente no momento do ataque. Um deles afirmou que havia "estrangeiros" entre as vítimas, mas os corpos estão completamente carbonizados.

Um de seus colegas, disse que apenas a interceptação de uma comunicação entre os insurgentes, anunciando a sua morte ou um anúncio feito pela Al-Qaeda poderia atestar sua morte.

"Seria um golpe terrível no coração da Al Qaeda eliminar o seu número 2 duas vezes em menos de um ano", afirmou uma autoridade americana à AFP, em Washington.

Washington anunciou no verão de 2011 (hemisfério norte) que o líbio Atiyah Abd al-Rahman, então apresentado como o número dois da Al-Qaeda, havia sido morto por um drone no Paquistão no dia 22 de agosto.

Abu Yahya al-Libi já apareceu várias vezes nos últimos anos em mensagens de vídeo da Al Qaeda. Em março, ele exortou os rebeldes líbios para continuar a sua ofensiva contra o regime de Kadhafi.

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